A Apple terá processado, em Novembro de 2021, a NSO Group por alegadamente ter criado o spyware Pegasus, conhecido por explorar falhas de segurança no sistema operativo da Apple, com vista a instalar-se silenciosamente nos sistemas e espiar utilizadores.
Este spyware era usado sobretudo para recolher dados pessoais e sensíveis de personalidades de relevo no mercado, como jornalistas e ativistas, fornecendo os dados para autoridades e governos de vários países.
No entanto, de acordo com a Reuters, este pode não ter sido o único spyware ativamente usado para este género de campanhas. Fontes apontam que a empresa QuaDream terá desenvolvido, ao mesmo tempo que a NSO Group, um spyware similar que explorava falhas no iOS, e tinha como objetivo também roubar dados de ativistas e jornalistas.
Este malware infetava os dispositivos através de uma mensagem maliciosa, enviada via iMessage, que nem sequer precisava de ser aberta pelos utilizadores finais para explorar as falhas. Ou seja, a partir do momento que os utilizadores recebiam a mensagem nos seus dispositivos, poderiam estar comprometidos.
A QuaDream é uma empresa localizada em Israel, de menor dimensão que a NSO, mas que terá desenvolvido software similar para explorar as mesmas falhas. Estes softwares eram depois usados por governos e entidades em diferentes partes do mundo para fins de espionagem.
Por um lado, mesmo que este malware tenha sido usado menos vezes que os da NSO, ainda assim é mais um que acabou por ser usado para fins de espionagem explorando praticamente as mesmas falhas, sendo que as vitimas poderiam ser afetadas até mesmo sem terem conhecimento de tal.
Felizmente a falha que estes spywares usavam foi corrigida com o iOS 14.8, pelo que qualquer dispositivo que esteja com esta versão do sistema da Apple ou mais recente deverá encontrar-se protegido.
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