Durante a pandemia, verificou-se um aumento considerável nas vendas de serviços IPTV, a grande maioria ilegal. Com mais gente em casa sobre isolamento, também se verificou um aumento na procura de acesso a novos conteúdos para ver – mesmo que isso não seja propriamente legal neste formato.
Para quem vende este género de serviços, nem sempre os sistemas de IPTV são mantidos durante muito tempo ativos, com as autoridades a ativamente procurarem eliminar as transmissões ilegais dos seus conteúdos.
A maioria vai pelos meios tradicionais, e usa as autoridades como forma de encerrar este género de atividades. No entanto, este processo pode ser algo longo.
É por isso mesmo que algumas entidades parecem estar a adotar uma nova forma de “ataque”: DDoS.
Invés de usarem as autoridades como forma de encerrar as atividades dos operadores de IPTV, algumas entidades parecem estar a recorrer a ataques DDoS como forma de bloquear as atividades mais rapidamente.
De acordo com o portal TorrentFreak, este género de atividade parece estar a ser estudado como uma forma de defesa contra serviços de IPTV na Hungria. A Associação das Comunicações no pais terá apresentado uma proposta onde estipula a possibilidade de iniciar ataques DDoS contra as infraestruturas dos operadores de IPTV, na tentativa de ser mais rapidamente bloqueado o sinal de uma transmissão ilegal ou para combater a distribuição das listas.
No entanto, ainda se desconhece até que ponto este género de ataques seriam eficaz, uma vez que as autoridades parecem estar a tentar criar uma lista de IPs autorizados a, legalmente, realizarem este género de ataques. Ou seja, para os operadores das listas de IPTV, bastaria simplesmente bloquearem a lista de IPs associados ao ataque para impedirem o mesmo.
O objetivo deste género de ataques DDoS “legais” seria prejudicar a experiência dos utilizadores que fazem uso das listas, causando falhas na transmissão. Desta forma, a plataforma não necessita de ser completamente encerrada, mas pode ser prejudicada o suficiente para causar problemas a quem venda as mesmas.
No entanto, existem alguns pontos a ter em conta. O simples facto de se pensar em lançar um ataque DDoS como resposta para um incidente deste ponto pode ser causador de grandes controvérsias, tendo me conta que viola várias legislações. Além disso, existe ainda a possibilidade que este género de ataques possam ser usados de forma abusiva, ou até contra alvos que não são diretamente responsáveis pela venda ou distribuição das listas.
De momento a proposta apenas se encontra em avaliação, não existindo nenhuma confirmação de que vá realmente ser aprovada.
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