Pela internet, uma das ferramentas mais usadas para medir o tráfego de diferentes websites é o Google Analytics. Esta ferramenta da Google é bastante poderosa para analisar as visitas que um website possui, e encontra-se numa longa lista de sites.
No entanto, de acordo com a Autoridade de Proteção de dados da Dinamarca, após uma investigação feita sobre a ferramenta, esta chega à conclusão que não é possível usar as funcionalidades da mesma de forma legal e dentro das diretivas de proteção de dados.
Segundo as autoridades, as ferramentas que a Google fornece sobre a plataforma do Analytics não permitem realizar o uso legal do mesmo sobre os websites, sendo necessário implementar medidas adicionais que a grande maioria dos utilizadores não realiza – e não são simples de integrar com os conteúdos fornecidos diretamente pela Google.
Makar Juhl Holst, consultor jurídico sênior da Agência Dinamarquesa de Proteção de Dados, afirma que “O GDPR é feito para proteger a privacidade dos cidadãos europeus. Isso significa, entre outras coisas, que você deve poder visitar um site sem que seus dados caiam em mãos erradas. Analisamos cuidadosamente as possíveis configurações do Google Analytics e chegamos à conclusão de que você não pode usar a ferramenta em sua forma atual sem implementar medidas suplementares”.
A entidade recomenda que as empresas dinamarquesas ajustem o uso da ferramenta para a tornar dentro dos termos da lei, ou em alternativa, a deixem de usar por completo.
De notar que esta não é a única entidade a considerar o uso do Google Analytics como ilegal. Em Janeiro de 2022, a Autoridade Austríaca de Proteção de Dados iniciou a investigação ao uso da ferramenta, tendo também considerado que não será possível realizar o uso legal da mesma.
Em junho de 2022, a Autoridade Italiana de Proteção de Dados também emitiu o mesmo parecer, juntamente com as autoridades Francesas de Proteção de dados, tendo considerado o Analytics como ilegal face aos termos do RGPD.
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