A Google foi recentemente processada pela FTC, nos EUA, por alegadamente ter criado publicidade enganosa sobre as vendas do seu Pixel 4.
O dispositivo esteve em venda entre 2019 e 2020, sendo que neste período a Google terá realizado práticas em violação da publicidade ao dispositivo. Em causa encontram-se pagamentos feitos à empresa iHeartMedia, uma das maiores empresas de comunicação nos EUA, onde a Google incentivava o uso do Pixel 4 com pretextos falsos.
A acusação indica que, através de vários programas de rádio da empresa, eram colocados spots de publicidade a relatar a experiência real de uso do Pixel 4, quando na verdade os intervenientes nem sequer teriam o dispositivo. No total, a FTC considera que terão sido emitidos 29 mil spots publicitários ao equipamento nestas condições.
Os utilizadores estariam a ser enganados a adquirirem o produto com base nas experiências de terceiros, mesmo que esses não tivessem sequer o dispositivo em uso no dia a dia.
A acusação indica ainda que a Google terá contratado vários influenciadores digitais para promover o produto, sobre as mesmas condições. Estes eram direcionados para promoverem o Pixel 4 sem terem propriamente experiência com o produto final.
No caso da iHeartRadio, a empresa terá pago mais de 2.6 milhões de dólares para esta atividade, e mais de 2 milhões de dólares para cerca de 11 rádios de menores dimensões nos EUA. Quanto aos influencers, era fornecido um texto para leitura, que em todos os casos era bastante similar – focado na experiência do dispositivo.
Os influenciadores eram ainda incentivados a usarem experiências que fossem adaptadas para os seus casos – por exemplo, um fotografo poderia ser aconselhado a recomendar as câmaras do Pixel 4.
A acusação aponta que existe uma maior possibilidade de os utilizadores terem incentivo para usar um dispositivo quando ouvem relatos em primeira pessoa da utilização do mesmo. Com isto, o feedback que era fornecido teria sido considerado como enganador, uma vez que as experiências não seriam reais.
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