A China é um dos países que possui regras mais apertadas a nível dos conteúdos que os utilizadores podem partilhar na Internet. E recentemente, as autoridades chinesas confirmaram ter realizado uma das maiores ações de sempre na remoção de conteúdos online.
A Cyberspace Administration of China (CAC), entidade reguladora da internet na China, afirma ter removido mais de 1.4 milhões de posts em plataformas sociais do pais, como parte de uma medida de "limpeza" das suas plataformas. De acordo com a Reuters, a entidade terá iniciado uma campanha de dois meses para remover conteúdos criados de desinformação e que tenham sido feitos para imitar agências governamentais legitimas.
A remoção de conteúdos foca-se sobretudo a plataformas que possuem um forte controlo das autoridades, como é o caso da WeChat, Douyin e Weibo. O foco será em contas que partilham informações ou noticias sem que tenham a aprovação das autoridades locais para tal.
Entre 10 de Março e 22 de Maio, as autoridades afirmam ter encerrado mais de 67.000 contas nas diferentes plataformas sociais, bem como removido milhares de posts nas mesmas. Destas contas, cerca de 8000 foram removidas por estarem a partilhar desinformação e falsas notícias sobre diversos temas.
Foram ainda aplicadas medidas menos graves para uma grande maioria das contas, como é o caso da perda de subscritores ou a suspensão de funcionalidades que permitam aos criadores receber dinheiro dos conteúdos publicados.
Foram ainda removidas 13000 contas que alegavam ser de forças da autoridade chinesas, bem como 25.000 contras que se indicavam como sendo de instituições legitimas do governo local. 187,000 contas foram ainda removidas por se fazerem passar por entidades de noticias associadas com o governo local.
De notar que esta não é a primeira vez que a CAC realiza uma "limpeza" das suas plataformas sociais, como parte das medidas do governo local para remover conteúdos potencialmente prejudiciais para os utilizadores chineses – embora algumas fontes classifiquem estas medidas também como uma forma de censura do governo, em plataformas fortemente controladas por este.
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