O Novo México é o mais recente na lista de locais a considerarem que a Meta encontra-se com falhas na proteção de menores de idade dentro das suas plataformas.
As autoridades indicam que a Meta não se encontra a aplicar as medidas necessárias para garantir a segurança dos menores de idade dentro das suas plataformas. Esta acusação surge depois das autoridades locais terem feito vários testes nas plataformas da Meta relativamente à segurança de menores.
As autoridades terão realizado uma investigação ao Facebook e Instagram, onde criaram perfis falsos associados a menores, com imagens e conteúdos criados por IA, para monitorizar como a plataforma lida com as recomendações e configurações de conteúdos para os mesmos.
As autoridades afirmam que, apesar de as contas terem sido criadas como sendo de menores de idades ou adolescentes, a plataforma ainda assim permitiu que fossem enviadas mensagens de conteúdo abusivo por terceiros para as mesmas, e o próprio algoritmo da plataforma também recomendou conteúdos com caracter sexualmente sugestivo.
A acusação aponta que a Meta tem vindo a permitir que o Facebook e Instagram sejam uma “loja” para potenciais predadores, onde podem contactar as suas vitimas praticamente sem controlo.
De acordo com o portal Wall Street Journal, as autoridades acusam ainda a Meta de não aplicar medidas para limitar o registo de contas por menores de 13 anos, e culpa Zuckerberg diretamente por estas falhas.
A provar estas medidas, os investigadores terão criado vários perfis claramente associados com menores de idade, mas onde a data de nascimento tinha sido adulterada para surgirem como maiores de idade. No final, as autoridades afirmam que a Meta não impôs qualquer limite no uso das contas.
Em várias das contas usadas pela investigação, foram recebidas mensagens que deveriam ser barradas para conteúdos de menores, com pedidos de imagens e outros esquemas. Numa das contas, três dias depois da mesma ter sido criada como sendo associada a um menor, o Facebook terá recomendado um perfil de um utilizador que publicava conteúdos para adultos.
Por fim, os investigadores apontam ainda que, para muitas das imagens associadas a conteúdos de adultos que foram descobertas pela plataforma, apesar de as mesmas terem sido reportadas pelos sistemas do Facebook, a Meta considerava em muitos dos casos que estas imagens seriam permitidas dentro da plataforma.
De notar que, no início do ano, a Meta confirmou que iria criar um grupo de moderação focado para liderar com conteúdos associados a menores, e que teria entre as suas responsabilidades identificar menores na plataforma e remover conteúdos potencialmente nocivos contra os mesmos.
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