A OpenAI encontra-se a preparar para realizar grandes mudanças sobre a sua estrutura interna, passando de uma empresa voltada sem fins lucrativos, e passando para uma empresa completa com fins comerciais lucrativos. Esta mudança vai alterar algumas das estruturas internas da mesma e o futuro desta.
De acordo com a Reuters, a OpenAI encontra-se a avaliar a possibilidade de passar para uma empresa com fins lucrativos, deixando assim de ser regida pelos termos de atuação de uma entidade sem fins lucrativos – como se encontrava até agora.
Inicialmente, a OpenAI foi construída com o conceito de entidade sem fins lucrativos para garantir que construía um modelo de IA seguro e benéfico para a comunidade em geral. No entanto, com o evoluir da tecnologia e o crescimento da empresa, os projetos foram-se também alterando, o que leva a OpenAI agora a avaliar essa mudança.
Ao mesmo tempo, a alteração também vai levar a que a estrutura da direção da empresa se venha a alterar. O lucro atribuído aos investidores e empregados foi limitado, sendo apenas um valor residual devolvido à organização sem fins lucrativos para benefício da humanidade. A OpenAI tinha inicialmente planeado angariar mil milhões de dólares em donativos para os compromissos da organização sem fins lucrativos; no entanto, apenas recebeu cerca de 130,5 milhões de dólares em donativos totais. Uma vez que o custo do poder computacional e do talento necessários para fazer avançar a investigação principal era muito mais elevado, a OpenAI decidiu criar uma ala com fins lucrativos que seria capaz de emitir acções para angariar capital e contratar talentos.
Paul M. Nakasone, Larry Summers (antigo Secretário do Tesouro dos EUA), Zico Kolte (professor da Universidade Carnegie Mellon, especializado em aprendizagem automática), Nicole Seligman (antiga vice-presidente executiva e conselheira geral da Sony Corporation) e Fidji Simo (diretor executivo da Instacart). A Microsoft foi também um observador sem direito de voto no conselho de administração da empresa.
Esta estrutura era algo invulgar para uma entidade sem fins lucrativos, algo que também causou alguns problemas internos. Ainda o ano passado, Sam Altman foi removido do cargo da direção da entidade, exatamente devido a problemas neste sentido.
Ao remover a parte do “sem fins lucrativos” da entidade, a OpenAI fica aberta a receber mais investimentos externos, e pode assim obter mais receitas para continuar as suas atividades. A empresa afirma que continua a trabalhar para desenvolver os seus modelos de IA de forma a beneficiarem toda a humanidade – e que essa ideia vai manter-se.
No entanto, não foram deixados detalhes sobre os planos para a mudança da estrutura da empresa. Os rumores apenas apontam que tal deve acontecer até ao final deste ano.
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