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Hacker ao telefone

 

Os crimes informáticos continuam a ser cada vez mais vulgares, e burlas são também usadas para tentar enganar e roubar potenciais vítimas. A começar o ano, o Ministério Público confirmou ter acusado uma mulher de utilizar dados pessoais de diferentes pessoas, para aceder a contas bancárias e outros serviços das vítimas.

 

De acordo com a acusação do MP, a mulher encontra-se acusada de utilizar os dados pessoais de operadoras telefónicas e de bancos para aceder às contas bancárias, transferindo os fundos para outras contas em sua posse ou para realizar pagamentos não autorizados.

 

Encontram-se ainda acusadas outra oito pessoas, sete das quais com relações familiares ou de amizade com a suspeita principal, e uma que teria acesso direto a dados de clientes de diferentes operadoras, e fornecia essa informação para a suspeita.

 

A mulher encontra-se acusada de 56 crimes de burla qualificada, 57 de acesso ilegítimo, 57 de falsidade informática, 57 de dano relativo a programas ou outros dados informáticos, dois de contrafação de cartão, quatro de recetação, quatro de furto qualificado, seis de falsificação, um de violação de correspondência, um de branqueamento e um de aquisição de cartões ou outros dispositivos de pagamento obtidos mediante crime informático.

 

O método de operação da suspeita era relativamente simples. Através do contacto que teria dentro das operadoras, esta obtinha dados de potenciais vítimas, que eram depois usados para tentativas de acesso a diferentes plataformas de contas bancárias online. Conseguindo o acesso, a suspeita enviava os fundos das contas para outras em seu controlo, algumas das quais fora de Portugal, ou usava diretamente as contas para realizar pagamentos de serviços e compras online.

 

A arguida terá ainda conseguido clonar os cartões SIM das vítimas, e usava os dados para verificar se os mesmos estariam associados a entidades bancárias como a Wizink, Universo ou Unibanco.

 

Em situações onde a clonagem do cartão SIM não seria possível, a arguida tentava obter a correspondência direta dos bancos ou de diferentes entidades, que depois usava para o esquema. Eram feitos pedidos usando os dados roubados das operadoras, para realizar o pedido de segunda via dos cartões de crédito ou similar, que depois tentava enganar as entidades financeiras para enviarem os mesmos para uma morada diferente.

 

Estima-se que a arguida tenha obtido mais de 188 mil euros desta forma.

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