A Meta está a considerar introduzir uma modalidade paga para o seu assistente de inteligência artificial, o Meta AI, seguindo uma estratégia semelhante à de rivais como a OpenAI, Google e Microsoft. A possibilidade foi avançada pelo CEO da Meta, Mark Zuckerberg, durante a apresentação de resultados do primeiro trimestre de 2025.
Zuckerberg indicou que existe uma oportunidade para oferecer um "serviço premium para pessoas que queiram desbloquear mais capacidade de computação ou funcionalidades adicionais" no Meta AI. Esta declaração surge pouco depois do lançamento de uma aplicação autónoma dedicada ao Meta AI, numa tentativa de competir mais diretamente com o popular ChatGPT.
Competição no mercado de IA motiva novas abordagens
O lançamento da aplicação Meta AI assinala um passo importante para a empresa, que até agora disponibilizava o seu assistente de IA apenas integrado noutras plataformas como o Facebook, Messenger e WhatsApp – onde, segundo a Meta, já alcança quase mil milhões de utilizadores.
A eventual introdução de um plano pago alinharia a Meta com outras gigantes tecnológicas. A OpenAI (ChatGPT), a Google (Gemini) e a Microsoft (Copilot) já oferecem subscrições que dão acesso a funcionalidades mais avançadas e maior poder de processamento aos seus utilizadores. Fontes indicam que testes para esta subscrição poderão começar ainda no segundo trimestre de 2025, embora não se espere que gere receitas significativas antes de 2026.
Investimento reforçado e potencial publicidade
A aposta da Meta na inteligência artificial é clara, com a empresa a revelar planos para investir até 72 mil milhões de dólares nesta área, um aumento considerável face aos 65 mil milhões anunciados anteriormente. Estes números surgem num contexto financeiro robusto, com a Meta a reportar receitas de 42 mil milhões de dólares nos últimos meses.
Além da subscrição paga, Zuckerberg mencionou também a possibilidade de integrar "recomendações de produtos ou anúncios" dentro do Meta AI. Contudo, a implementação destas formas de monetização não parece ser iminente.
Foco atual no crescimento e envolvimento
Apesar de delinear futuras vias de receita, Zuckerberg sublinhou que a prioridade para o próximo ano será "ampliar a escala e aprofundar o envolvimento" dos utilizadores com o Meta AI. Só depois a empresa se focará verdadeiramente na construção do modelo de negócio associado ao assistente.
A aplicação Meta AI já se encontra disponível em Portugal, principalmente como aplicação complementar para gerir os óculos Ray-Ban Meta, mas muitas das funcionalidades avançadas de IA ainda não estão ativas na região.
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