Um proeminente investidor de Silicon Valley, Josh Raffaelli, conhecido por apoiar diversas empresas de Elon Musk, desencadeou uma tempestade judicial contra a sua antiga entidade patronal, a Brookfield Asset Management. Esta gigante, que gere ativos na ordem do bilião de dólares, vê-se agora a braços com um processo que alega práticas ilícitas e retaliação, conforme avançado pelo The New York Times.
Alegações de má conduta e despedimento retaliatório
No cerne da queixa de Raffaelli estão as práticas da Brookfield relativamente à cobertura de perdas no setor imobiliário, especialmente sentidas durante o período da pandemia. O investidor alega que a sua demissão foi uma retaliação direta por ter apresentado uma denúncia formal como whistleblower junto da Securities and Exchange Commission (SEC), a entidade reguladora do mercado de capitais norte-americano.
As acusações são graves, incluindo alegações de fraude e suborno. Contactada pelo The New York Times, a Brookfield Asset Management negou veementemente qualquer tipo de irregularidade.
Oportunidades de investimento em empresas de Musk alegadamente travadas
A tensão entre Raffaelli e a Brookfield parece ter vindo a escalar. Já em fevereiro, conforme noticiado pela Bloomberg na altura, a Brookfield tinha encerrado discretamente a unidade de capital de risco liderada por Raffaelli, com alguns dos seus ativos a serem integrados noutra divisão da empresa.
Um dos pontos centrais do processo é a alegação de que a Brookfield não concretizou a compra de participações em empresas de Elon Musk no volume que Raffaelli tinha conseguido negociar e assegurar. Em causa estariam investimentos em companhias como a SpaceX, a startup de inteligência artificial xAI, e a The Boring Company. De recordar que o fundo gerido por Raffaelli na Brookfield foi um dos grandes financiadores da polémica aquisição do Twitter (agora X) por Musk.
Um historial de investimento e uma batalha pública
Este processo judicial coloca Josh Raffaelli numa batalha muito pública. Antes de ingressar na Brookfield, o investidor foi sócio na reconhecida firma de capital de risco Draper Fisher Jurvetson (DFJ), que atualmente opera como um conjunto de diferentes fundos.
Curiosamente, durante o seu tempo na DFJ, a própria Brookfield colaborou com a firma para facilitar investimentos em conhecidas empresas do ecossistema de Musk, como a SolarCity (que viria a ser adquirida pela Tesla), a SpaceX e a própria Tesla.
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