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Processador em cima de bandeira da Rússia

 

Apesar das proibições de exportação impostas pelos Estados Unidos na sequência da invasão da Ucrânia, os processadores e outros semicondutores continuam a chegar à Rússia através de uma complexa teia de canais não oficiais. A principal conclusão é que, embora as sanções pareçam robustas no papel, na prática demonstram ser permeáveis. Por agora, os esforços para cortar o acesso da Rússia a chips de ponta parecem ser, em grande medida, simbólicos.

 

Números oficiais vs. Realidade industrial: Uma discrepância evidente

 

Os dados alfandegários oficiais da Rússia sugerem que o outrora próspero mercado de processadores fabricados nos EUA quase desapareceu. Números do Serviço Federal de Alfândegas (FCS), divulgados pela publicação russa Kommersant, indicam que as importações de CPUs da Intel caíram 95 por cento no ano passado, em comparação com o ano anterior. Em paralelo, as remessas da AMD registaram uma quebra de 81 por cento. Estes valores traduzem-se em apenas 37.000 CPUs no total – um declínio acentuado face às 537.000 unidades registadas em 2023.

 

Contudo, os executivos do setor de fabrico tecnológico russo pintam um quadro diferente. Líderes de importantes empresas de montagem nacionais, como o Lotos Group e a Rikor, afirmaram ao Kommersant que as entregas de processadores não só continuam, como estão a aumentar. A Rikor, por exemplo, reporta ter adquirido mais de 120.000 processadores no ano passado – cerca de 30 por cento mais do que no ano precedente. Muitas empresas de tecnologia russas referem também que o fornecimento de chips melhorou pelo terceiro ano consecutivo.

 

A engenhosa rede de evasão: De Hong Kong à re-etiquetagem

 

A aplicação das sanções debate-se com um número crescente de esquemas de contorno. Hong Kong permanece uma placa giratória fundamental nesta rede, com um único endereço a ser, alegadamente, responsável pela gestão de milhares de milhões de dólares em semicondutores contrabandeados. Entretanto, outros chips entram na Rússia através de países como a Malásia e a Índia, frequentemente re-etiquetados ou integrados em categorias de produtos mais amplas que ocultam a sua verdadeira natureza aos funcionários aduaneiros.

 

Fontes da indústria indicam que muitos processadores chegam sem serem identificados como tal nas guias de remessa. Um executivo de uma empresa tecnológica russa confidenciou ao Kommersant que a palavra "processador" muitas vezes nem sequer consta dos documentos de entrega. Esta prática ajuda a explicar por que razão os números de importação do Serviço Federal de Alfândegas parecem tão anémicos, apesar de as prateleiras das fábricas permanecerem bem abastecidas.

 

Perspetivas futuras: Aumento de preços dos chips em 2025 no horizonte

 

No entanto, nem tudo são facilidades. Os fornecedores alertam os compradores russos para um expectável aumento de preços na ordem dos 10 a 12 por cento em 2025, citando a inflação e as tensões contínuas nas relações comerciais entre os EUA e a China como fatores chave. Ainda assim, os preços dos processadores mais convencionais têm-se mantido relativamente estáveis por enquanto.




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