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Grok da xAI

 

Elon Musk está a recorrer à sua inteligência artificial, Grok, para analisar dados do governo dos Estados Unidos, uma iniciativa integrada nos trabalhos do Departamento de Eficiência Governamental (DOGE). A notícia, avançada pela Reuters na passada sexta-feira, dia 23, já está a levantar uma onda de preocupações sobre privacidade e potenciais privilégios indevidos para o magnata da tecnologia.

 

Segundo fontes próximas do processo, citadas pela agência noticiosa, a equipa liderada por Musk conta com uma versão personalizada da IA da X (anteriormente Twitter) para examinar diversos tipos de informações detidas pelo governo federal. Esta medida avança apesar de o Departamento de Segurança Interna (DHS) ter, alegadamente, manifestado oposição à utilização desta tecnologia.

 

Que dados estão na mira da IA de Musk?

 

Ainda não é totalmente claro que dados específicos estão a ser acedidos pelo Grok, nem como esta versão adaptada da inteligência artificial generativa foi ajustada para estas tarefas. No entanto, dada a natureza do trabalho do DOGE, os informadores creem que se trata de dados federais confidenciais.

Desde que Elon Musk iniciou a sua colaboração com o governo durante a administração de Donald Trump, o DOGE tem tido acesso a bases de dados federais consideradas altamente protegidas. Estes sistemas contêm informações sobre milhões de cidadãos americanos, bem como de funcionários públicos.

 

Recentemente, a atuação da agência tem sido alvo de protestos, alguns dos quais resultaram em ataques diretos ao bilionário e às suas empresas. As fontes indicam que o Grok é alimentado com estas informações sensíveis, com o objetivo de realizar análises detalhadas e gerar relatórios. A intenção seria tirar partido da capacidade da IA para processar grandes volumes de dados rapidamente, otimizando assim o trabalho do departamento.

 

As denúncias vão mais longe, com as fontes a revelarem que a agência estaria também a treinar a inteligência artificial para vigiar funcionários do DHS. Neste cenário, o Grok analisaria os emails da Segurança Interna à procura de servidores que não demonstrassem "lealdade" à agenda política defendida por Trump.

 

O relatório da Reuters aponta ainda para a utilização de um algoritmo destinado a monitorizar a atividade nos computadores de, pelo menos, doze contratados de uma agência do Departamento de Defesa dos EUA. Não foi confirmado se o Grok está envolvido neste caso específico, mas os trabalhadores em questão terão sido alertados sobre esta vigilância por um supervisor.

 

Alertas de especialistas: Privacidade e legalidade em causa

 

Especialistas em tecnologia e ética governamental, entrevistados pela Reuters, afirmam que a utilização do Grok pelo DOGE pode configurar uma violação das leis de segurança e privacidade, caso se confirme o acesso e tratamento de dados confidenciais ou sigilosos do governo. Perante a falta de transparência, existe também o receio de que estas informações possam ser acedidas indevidamente pela xAI, a empresa que desenvolve o Grok.

 

"Dada a escala de dados que o DOGE acumulou e dadas as inúmeras preocupações de portar esses dados para softwares como o Grok, para mim isto é uma ameaça à privacidade tão séria quanto possível”, comentou Albert Fox Cahn, diretor executivo do Surveillance Technology Oversight Project, em declarações à agência.

 

Benefícios indevidos? As suspeitas sobre Musk e a xAI

 

Os especialistas alertam ainda para a possibilidade de Elon Musk utilizar este acesso privilegiado a informações valiosas sobre contratos federais em benefício próprio, nomeadamente para os negócios da Tesla e da SpaceX. Adicionalmente, a xAI poderia estar a obter uma vantagem competitiva considerada "injusta" sobre outras empresas que desenvolvem inteligência artificial.

 

O silêncio e as negações oficiais

 

Procurados pela Reuters para comentar estas alegações, Elon Musk, o DOGE, a Casa Branca e a xAI não prestaram declarações. Por sua vez, o DHS negou ter sido pressionado a utilizar o Grok nos seus sistemas. Já o Pentágono rejeitou qualquer envolvimento na monitorização de funcionários e afirmou não ter recebido orientações para usar ferramentas de IA para essa finalidade.




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