
Após um longo período de incerteza e batalhas legais que ameaçavam o futuro da plataforma em solo americano, o TikTok chegou finalmente a um consenso para evitar o seu banimento. A rede social confirmou a assinatura de um acordo de venda das suas operações nos EUA, estabelecendo uma nova parceria estratégica com gigantes tecnológicas.
A confirmação surgiu através de um memorando interno enviado por Shou Zi Chew, CEO da empresa, que detalha a criação de uma joint venture com a Oracle e outros parceiros de investimento. Esta movimentação surge na sequência de aprovações diplomáticas de alto nível, envolvendo luz verde por parte da presidência da China e da administração norte-americana.
Uma nova estrutura: TikTok USDS Joint Venture
Ao contrário de uma venda total direta, o negócio foi estruturado através da formação de uma nova entidade, denominada TikTok USDS Joint Venture LLC. Esta sociedade vê a ByteDance, empresa-mãe da rede social, manter uma participação minoritária de 19,9%.
O controlo maioritário da nova entidade ficará a cargo de um consórcio norte-americano, que deterá 50% das ações. Este grupo é liderado pela Oracle, juntamente com a Silver Lake e a MGX, ficando cada uma com cerca de 15% de participação. A fatia restante de 30,1% será distribuída entre empresas afiliadas aos atuais investidores da ByteDance.
Este modelo de negócio visa apaziguar as preocupações regulatórias, mantendo a viabilidade comercial da aplicação num dos seus mercados mais lucrativos.
Foco na proteção de dados e algoritmos
O ponto central deste acordo reside na segurança nacional e na privacidade dos utilizadores, as principais razões invocadas para a ameaça de bloqueio. Nos termos da nova parceria, o consórcio liderado pela Oracle assumirá responsabilidades críticas, incluindo a proteção de dados, a supervisão dos algoritmos, a gestão do software e as políticas de moderação de conteúdo.
Esta medida serve como uma garantia de que as informações dos utilizadores norte-americanos permanecem sob jurisdição local, eliminando as suspeitas de transferência de informação para a China.
A ordem formal de venda está prevista para ser assinada a 22 de janeiro, dando início a um período de transição de 120 dias para a conclusão total do negócio. Durante este tempo, serão realizadas as devidas análises regulatórias por parte das autoridades competentes, segundo as informações avançadas pela BBC.










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