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Tesla robotaxi

 

Elon Musk finalmente marcou uma data no calendário para uma das suas promessas mais antigas: o início de um serviço público de transporte em veículos sem condutor. Segundo o próprio CEO da Tesla, a empresa planeia começar a oferecer viagens ao público em Austin, no Texas, a partir de 22 de junho, naquele que será o pontapé de saída para o seu serviço de robotáxis.

 

A data, no entanto, foi anunciada com uma dose de cautela. Numa declaração na sua conta do X, Musk admitiu que a data pode sofrer alterações, afirmando que a Tesla está a ser "super paranoica com a segurança". Esta prudência surge numa altura em que vários SUVs Tesla Model Y têm sido vistos a circular em testes pelas ruas de Austin sem ninguém ao volante. Fontes da Bloomberg News já tinham anteriormente apontado para um lançamento a 12 de junho.

 

Uma promessa com muitos 'ses' e 'mas'

 

Apesar do entusiasmo que um anúncio destes possa gerar, a escala inicial do projeto é bastante modesta. Musk revelou que o serviço arrancará com uma frota de apenas dez veículos. Além disso, a sua operação não será livre, mas sim limitada geograficamente (geofenced) às áreas consideradas "mais seguras" de Austin.

 

Nos últimos tempos, os veículos da Tesla têm sido avistados a percorrer repetidamente um bairro específico no sudeste da cidade, presumivelmente para recolher dados e otimizar a experiência de condução autónoma nessa zona controlada. Esta abordagem faseada e restrita representa uma mudança significativa na estratégia de Musk, que durante anos defendeu que o seu sistema de Full Self-Driving (FSD) seria uma solução universal, capaz de funcionar em qualquer local sem supervisão humana. Agora, o método da Tesla assemelha-se mais ao da sua concorrente Waymo, que já opera serviços comerciais de robotáxi em várias cidades dos EUA através de uma expansão gradual e geograficamente delimitada.

 

O longo e controverso caminho até aqui

 

Esta não é a primeira vez que Elon Musk faz promessas arrojadas sobre veículos autónomos. Em 2019, o empresário garantiu que a Tesla lançaria uma rede de um milhão de robotáxis já em 2020, uma previsão que nunca se concretizou.

 

Em vez disso, a empresa passou os últimos anos a desenvolver o seu software Full Self-Driving (FSD). Apesar do nome, este sistema ainda exige que o condutor mantenha a atenção na estrada e esteja pronto para assumir o controlo a qualquer momento. Atualmente, o FSD está sob investigação pela Administração Nacional de Segurança de Tráfego Rodoviário (NHTSA) dos EUA, após ter sido alegadamente implicado em múltiplos acidentes em condições de baixa visibilidade, incluindo um que resultou na morte de um peão.

 

A versão do software que irá operar nos robotáxis de Austin é, segundo Musk, uma nova versão "não supervisionada". O CEO chegou mesmo a afirmar que "todos os Tesla que saem das nossas fábricas são capazes de condução não supervisionada".

 

O fantasma do hardware e as promessas passadas

 

Estas novas alegações, no entanto, colidem com declarações passadas. Em 2016, Musk garantiu que todos os carros da Tesla produzidos a partir daquela data já possuíam o hardware necessário para se tornarem totalmente autónomos no futuro. A realidade provou ser diferente.

 

A Tesla já passou por várias iterações do hardware do FSD e, em janeiro deste ano, o próprio Musk admitiu que milhões desses veículos mais antigos iriam precisar de uma atualização de hardware para poderem correr o software atual. Continua por esclarecer se essa atualização será sequer tecnicamente viável para todos os modelos afetados, deixando no ar muitas dúvidas sobre o futuro autónomo de uma grande parte da frota da Tesla.




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