A conhecida marca de chocolates Twix viu a sua mais recente campanha publicitária ser retirada de circulação no Reino Unido. A decisão foi imposta pela ASA (Advertising Standards Authority), a entidade que regula a publicidade no país, após ter recebido cinco queixas que acusavam o anúncio de incentivar comportamentos de risco ao volante.
Uma derrapagem que acabou numa ravina
O anúncio em questão, que ainda pode ser encontrado no canal oficial da Twix no YouTube, exibe uma cena de ação pouco convencional. Um homem, enquanto conduz, decide puxar o travão de mão de forma súbita, o que faz com que o carro se despiste e mergulhe numa ravina. Após várias piruetas, o veículo aterra de forma impecável em cima de um segundo carro, perfeitamente idêntico, onde outro condutor, igual ao primeiro, saboreia calmamente um Twix.
A cena culmina com o slogan “Dois é mais do que um”, numa clara alusão ao formato duplo do chocolate. No entanto, a ASA não ficou convencida pela criatividade e considerou que a representação glorificava manobras de condução perigosas.
Mars defende "mundo irreal", mas regulador não perdoa
Em sua defesa, a Mars, empresa detentora da marca Twix, argumentou que o anúncio era apenas uma “representação cinematográfica” que se desenrolava num “mundo irreal”. Contudo, estes argumentos não foram suficientes para demover a entidade reguladora.
A ASA manteve a sua posição, declarando que “a velocidade e as manobras retratadas seriam perigosas se replicadas na vida real”. Como resultado, a exibição futura do anúncio foi proibida no Reino Unido.
Controvérsia não é novidade para a marca
Esta não é a primeira vez que uma campanha da Twix se vê envolvida em polémica. Em 2022, um outro anúncio, que apresentava um ladrão de bancos, foi igualmente criticado por, alegadamente, romantizar atividades criminosas. Até ao momento, a Mars não revelou se irá recorrer desta nova decisão.
Enquanto isso, o vídeo continua disponível online e a gerar um debate aceso. Alguns espectadores defendem a sua natureza “criativa e inofensiva”, enquanto outros alinham com a decisão do regulador, afirmando que a peça publicitária “normaliza a imprudência” na estrada.
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