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Pessoa a segurar em comando da Xbox com robot no ecrã

 

Masahiro Sakurai, a mente por detrás de sucessos estrondosos da Nintendo como a série Super Smash Bros. e a icónica personagem Kirby, lançou um aviso sério à indústria dos videojogos. O aclamado criador acredita que o modelo atual de produção de títulos AAA, os de maior orçamento e escala, atingiu um ponto de rutura, tornando-se "insustentável". A solução, segundo ele? A inteligência artificial generativa.

 

Um futuro nas "trevas" para os grandes estúdios?

 

Em declarações ao portal japonês ITmedia BUSINESS ONLINE, Sakurai pintou um cenário sombrio. "Para ser honesto, um palmo à frente é escuridão", afirmou, segundo o relato do Dexerto. O criador japonês sublinha que "chegámos a um ponto em que criar jogos de grande escala, como fazemos agora, consome tempo demais". Perante este impasse, a IA surge como a ferramenta principal, se não mesmo a única, para ultrapassar este obstáculo monumental.

A sua conclusão é pragmática e serve de aviso à navegação: "Estamos numa fase em que precisamos de mudar os nossos métodos. Parece que apenas as empresas que conseguirem adaptar-se bem a estas mudanças sobreviverão à próxima era”.

 

A IA já não é ficção, é uma realidade na indústria

 

A visão de Sakurai não é um mero exercício de futurologia. Dados recentes mostram que a sua previsão já se está a materializar. De acordo com uma pesquisa da MIT Technology Review, uns impressionantes 87% dos estúdios de videojogos já recorrem à inteligência artificial em alguma fase do processo criativo, sendo a geração de cenários e ambientes a sua aplicação mais comum.

 

Adicionalmente, um outro levantamento, da Unity, revela que 62% das equipas de desenvolvimento também aplicam IA para otimizar a animação de personagens, acelerar a programação e criar protótipos jogáveis de forma mais rápida. A tecnologia está a ser abraçada tanto por gigantes da indústria como por estúdios independentes, que veem nela uma forma de reduzir custos e encurtar os longos cronogramas de produção.

 

Os gigantes que já apostam na tecnologia

 

Grandes nomes da indústria já demonstram o poder da IA na prática. A série Call of Duty, por exemplo, está a utilizar a tecnologia para ajudar a moderar as conversas por voz em tempo real, um desafio complexo para comunidades online com milhões de jogadores.

 

A Ubisoft é outro exemplo claro desta aposta, com a sua ferramenta Ghostwriter. Trata-se de uma IA generativa interna, desenhada para criar linhas de diálogo básicas para personagens secundárias, libertando os argumentistas para se focarem nas narrativas principais e nos momentos mais criativos do jogo.

 

O papel do talento humano na era da IA

 

Apesar do seu forte apoio à tecnologia, Sakurai não acredita que esta vá anular o génio humano. Para ele, o uso de IA não deve ser um impedimento ao surgimento de novos talentos na indústria. "O que importa é a individualidade de cada pessoa e como ela a vai desenvolver", refletiu. "Ninguém vai seguir exatamente os mesmos trilhos que eu, mas com certeza surgirão pessoas que se destacarão em outras direções".

 

Esta visão é partilhada por outras figuras importantes, como Shuhei Yoshida, antigo presidente da PlayStation. Yoshida encara a IA como uma oportunidade de ouro para os estúdios mais pequenos, permitindo-lhes competir com os maiores ao automatizar tarefas mais repetitivas. Contudo, reforça que a IA "é uma ferramenta" e nunca deverá substituir o trabalho criativo e a visão humana.




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