
Um estudo recente de uma agência sul-coreana vem agitar as águas no mercado dos smartphones dobráveis, indicando que o Samsung Galaxy Z Fold 7 é, afinal, o equipamento mais fino do mundo. Esta conclusão contraria a narrativa de marketing de várias fabricantes chinesas, embora a diferença real seja de meros milímetros e praticamente impercetível no dia a dia. Curiosamente, esta "guerra de espessuras" está a trazer alguns problemas inesperados aos utilizadores.
A fita métrica não engana: Samsung lidera por milímetros
Os pormenores foram revelados pelo portal Business Korea, que cita um levantamento da Korean Consumer-Centered Enterprise Association (KCEA). A associação utilizou um micrômetro, um instrumento de alta precisão, para medir a espessura de vários dos principais dobráveis do mercado quando abertos.
Além do Galaxy Z Fold 7, foram analisados modelos como o Honor Magic V5, o Huawei Mate X6, o Vivo X Fold 5 e o Xiaomi Mix Fold 4. Os resultados foram surpreendentes:
Samsung Galaxy Z Fold 7: Foi o único a ficar abaixo do valor anunciado, marcando 8,82 mm em vez dos 8,9 mm prometidos.
Honor Magic V5: Anunciado como "o dobrável mais fino do mundo" com 8,8 mm, a medição revelou uma espessura de 9,34 mm.
Huawei Mate X6: Apresentou 10,47 mm, um valor superior aos 9,85 mm divulgados.
Vivo X Fold 5: Mediu 9,77 mm, contra os 9,2 mm anunciados.
Xiaomi Mix Fold 4: Demonstrou ter 9,61 mm, em vez dos 9,47 mm oficiais.
A Honor já tinha respondido a comparações semelhantes, afirmando que a espessura do seu Magic V5 podia variar devido às películas dos ecrãs. No entanto, medições paralelas realizadas pelo SamMobile indicam que estas películas têm apenas 0,071 mm, um valor insuficiente para justificar a discrepância.
Apesar da vitória da Samsung nesta medição, é importante notar que as diferenças são mínimas. Além disso, os seus concorrentes chineses costumam oferecer vantagens noutras áreas, como baterias de maior capacidade.
A "guerra da espessura" e os seus curiosos efeitos secundários
Mais interessante do que a competição pelos milímetros são as consequências práticas deste design ultra-fino. Conforme relatado pelo Android Authority, que compilou testemunhos de utilizadores no Reddit, o design do Galaxy Z Fold 7 está a tornar uma tarefa simples num verdadeiro desafio: abri-lo.
A combinação de um corpo extremamente fino, arestas retas, materiais escorregadios e ímanes mais potentes faz com que seja difícil obter uma aderência segura para desdobrar o telemóvel. Esta situação levou os donos do novo Samsung a procurar soluções criativas, como a utilização de capas de proteção ou a aplicação de pequenos pedaços de vinil nas laterais para melhorar a "pega". Há mesmo discussões sobre as melhores técnicas para posicionar os polegares de forma a conseguir abrir o dispositivo.
Os utilizadores sugerem que pequenas alterações no design, como a inclusão de ranhuras discretas na estrutura para apoiar os dedos, poderiam resolver o problema sem comprometer a espessura. Espera-se que a Samsung esteja atenta a este feedback para as próximas gerações do seu dobrável.
Apesar deste pequeno percalço, o Galaxy Z Fold 7 destaca-se por outros atributos de peso, como o seu processador Snapdragon 8 Elite for Galaxy, ecrãs maiores e uma nova câmara principal de 200 MP, herdada do Galaxy S25 Ultra.










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