A Microsoft anunciou que vai começar a "arrumar a casa" no Windows, marcando vários componentes web mais antigos como descontinuados. Não se preocupe, não se trata de nenhuma funcionalidade que utiliza no seu dia a dia. A mudança afeta principalmente os programadores e representa o fim de uma era tecnológica ligada ao motor EdgeHTML, a base do Microsoft Edge original.
A empresa de Redmond atualizou a sua lista de funcionalidades obsoletas no Windows, adicionando um conjunto de tecnologias que, embora ainda funcionem, deixaram de ter desenvolvimento ativo.
O que significa esta "reforma antecipada"?
Na prática, isto significa que estes componentes não receberão novas funcionalidades, embora a Microsoft garanta que as atualizações de segurança continuarão a ser disponibilizadas por enquanto. A decisão prende-se com a transição do motor EdgeHTML para o Chromium, que hoje serve de base ao browser Edge e a muitas outras aplicações.
Segundo a publicação da empresa no seu site oficial Microsoft Learn, o objetivo é encerrar gradualmente o suporte a estas tecnologias.
Os componentes que entram para a reforma
A "limpeza" da Microsoft visa remover código legado e incentivar os programadores a adotar tecnologias mais modernas e seguras. A lista de componentes agora oficialmente descontinuados inclui:
O Legacy Web View, as aplicações HTML/JavaScript do Windows 8/8.1/UWP (conhecidas como Hosted Web Applications), as Progressive Web Apps (PWA) legadas e as ferramentas de desenvolvimento (DevTools) do Microsoft Edge original, todas baseadas no antigo motor EdgeHTML.
A recomendação da Microsoft para os programadores é clara: migrar para alternativas modernas como o WebView2 e as PWAs baseadas em Chromium.
E agora, o que acontece?
Apesar do anúncio, a Microsoft ainda não definiu uma data para a remoção completa destes componentes das futuras versões do Windows. A empresa afirma que, eventualmente, deixarão de receber qualquer tipo de atualização e serão removidos do sistema.
Esta medida não é um caso isolado. Recentemente, a empresa também descontinuou outras ferramentas como o WMIC e o PowerShell 2.0. Trata-se de um processo natural de modernização do sistema operativo, garantindo que o Windows se mantém mais seguro e eficiente, livre de tecnologias ultrapassadas.
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