
O YouTube anunciou o lançamento de um novo programa piloto que visa dar "segundas oportunidades" a alguns criadores de conteúdo que foram anteriormente banidos da plataforma. A partir de hoje, certos criadores que foram terminados poderão solicitar a criação de um novo canal, embora o processo seja pautado por critérios rigorosos e, para já, algo vagos.
Esta iniciativa surge depois de a Alphabet, empresa-mãe da Google, ter comunicado ao Comité Judiciário da Câmara dos Representantes dos EUA que permitiria o regresso de criadores banidos por violações de políticas sobre desinformação relacionada com a COVID-19 e a integridade das eleições, políticas essas que já não estão em vigor.
No entanto, o anúncio oficial do programa não faz menção direta a estas políticas específicas, referindo apenas que a oportunidade se destina a "criadores qualificados", sem detalhar o que é necessário para obter essa qualificação.
Um recomeço... do zero
Uma das condições mais importantes deste programa é que os criadores que sejam aceites de volta não terão acesso aos seus canais antigos nem aos seus subscritores. Em vez disso, terão de criar um canal completamente novo, o que significa que precisarão de reconstruir toda a sua presença na plataforma a partir do zero.
"O nosso objetivo é implementar isto para os criadores elegíveis ao longo dos próximos meses. Agradecemos a paciência enquanto aceleramos, revemos cuidadosamente os pedidos e aprendemos com o processo", escreveu a empresa. "Nem todos os tipos de rescisão de canal serão elegíveis".
Critérios de exclusão e casos notórios
Segundo informações avançadas pelo The Independent, o YouTube vai analisar vários fatores para decidir quem pode regressar. A empresa irá considerar se o criador cometeu violações "particularmente graves ou persistentes" das Regras da Comunidade ou dos Termos de Serviço. Além disso, a atividade do criador dentro e fora da plataforma que tenha prejudicado ou possa continuar a prejudicar a comunidade do YouTube será um fator decisivo.
Ficam explicitamente de fora os criadores banidos por infrações de direitos de autor. A plataforma já deu um exemplo de como a sua política será aplicada, mesmo antes do arranque oficial do programa. No mês passado, após a divulgação da carta ao congresso, personalidades de extrema-direita como Alex Jones e Nick Fuentes, banidos há vários anos, tentaram regressar ao YouTube e foram imediatamente removidos.











Nenhum comentário
Seja o primeiro!