
A Rivian concordou em pagar 250 milhões de dólares (aproximadamente 235 milhões de euros) para resolver um processo judicial movido por acionistas em 2022. A ação judicial teve origem num controverso aumento de preços dos seus veículos elétricos, o SUV R1S e a pick-up R1T, com os investidores a alegarem que foram enganados pela fabricante.
A origem do conflito
O processo de ação coletiva acusa a Rivian de ter iludido os investidores na altura da sua oferta pública inicial (IPO) em 2021. A principal acusação é que a fabricante de automóveis não revelou que os modelos R1S e R1T estavam a ser vendidos a um preço inferior ao seu custo de produção. Os acionistas argumentam que esta situação tornava inevitável um futuro aumento de preços, algo que, na sua perspetiva, a Rivian deveria ter comunicado de forma transparente.
Em março de 2022, a empresa aumentou o preço base dos seus dois modelos em 12.000 dólares, uma medida que inicialmente se aplicava à maioria das reservas existentes. No entanto, após uma forte reação negativa por parte dos clientes, a Rivian recuou rapidamente na decisão, permitindo que quem tinha feito a pré-encomenda antes do anúncio mantivesse o preço original.
Um acordo para seguir em frente
A Rivian enquadrou o acordo como uma oportunidade para se focar no futuro. "A empresa nega as alegações do processo e sustenta que este acordo para a sua resolução não é uma admissão de culpa ou de má conduta", escreveu a fabricante num comunicado. "No entanto, a resolução permitirá à Rivian concentrar os seus recursos no lançamento do seu veículo para o mercado de massas, o R2, na primeira metade de 2026."
O acordo ainda necessita da aprovação do Tribunal Distrital dos EUA para o Distrito Central da Califórnia, Divisão Ocidental. Todos os detalhes sobre o processo podem ser consultados no site oficial do litígio.
Esta notícia surge num momento desafiante para a empresa, que recentemente anunciou o despedimento de 4,5% da sua força de trabalho, o que corresponde a mais de 600 funcionários. Fatores como o fim dos créditos fiscais de 7.500 dólares, as tarifas impostas pela administração Trump e um abrandamento geral na procura por veículos elétricos estão a tornar o caminho para a rentabilidade cada vez mais difícil para a Rivian.











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