
A Revolut continua a sua trajetória ascendente no mundo das fintech. O neobanco britânico, que tem vindo a conquistar o mercado global, fechou uma nova ronda de financiamento através de uma venda de ações que coloca a sua avaliação nos 75 mil milhões de dólares (aproximadamente 68 mil milhões de euros). Este marco solidifica a posição da empresa como uma das tecnológicas privadas mais valiosas de toda a Europa.
O acordo, anunciado esta segunda-feira, foi liderado por gigantes do investimento como a Coatue, Greenoaks e Dragoneer. No entanto, a lista de participantes inclui nomes de peso no setor tecnológico, como a NVentures da NVIDIA, além da Andreessen Horowitz e da Fidelity. Embora o montante exato levantado nesta operação não tenha sido divulgado, a empresa confirmou que o negócio permitiu aos seus colaboradores venderem ações e realizarem mais-valias.
Segundo os dados da PitchBook, até agosto de 2025, a Revolut apresentava uma avaliação post-money de 48 mil milhões de dólares, tendo angariado um total de 2,89 mil milhões em capital de risco ao longo da sua história. Este novo salto para os 75 mil milhões reflete a confiança contínua dos investidores no modelo de negócio da empresa fundada em 2015.
Lucros recorde e a aposta nas criptomoedas
Financeiramente, a empresa atravessa um momento de robustez. Em 2024, as receitas dispararam 72% para os 4 mil milhões de dólares, com a empresa a reportar um lucro líquido de mil milhões de dólares (cerca de 900 milhões de euros). Para o ano corrente, a Revolut afirma já ter atingido mil milhões de dólares em receitas anualizadas.
Um dos motores deste crescimento tem sido a diversificação de serviços, que vai muito além das contas multimoeda. A divisão de gestão de património, que inclui a plataforma de negociação de criptomoedas Revolut X, viu as suas receitas crescerem uns impressionantes 298%, saltando de 158 milhões em 2023 para 647 milhões de dólares em 2024.
Nik Storonsky, CEO e cofundador da Revolut, afirmou em comunicado que este marco reflete o progresso notável feito nos últimos doze meses em direção à visão de construir o "primeiro banco verdadeiramente global".
Expansão global: Da Índia à Colômbia
A injeção de capital surge numa altura em que o banco digital está a investir fortemente na expansão internacional. Além da sua forte presença no Reino Unido (onde aguarda a aprovação final para operar como banco de pleno direito) e na União Europeia, a Revolut opera em mercados como o Brasil, Japão, Singapura e Estados Unidos.
Os planos de crescimento são ambiciosos e imediatos:
Índia: Operações iniciadas em outubro.
México: Licença bancária já obtida.
Colômbia: Início de operações previsto para 2026.
Novos Horizontes: Planos para entrar na Argentina e no continente africano, começando pela África do Sul, além de uma licença de pagamentos de princípio já garantida nos Emirados Árabes Unidos.
A meta a longo prazo é clara: atingir os 100 milhões de clientes até meados de 2027 e entrar em mais de 30 novos mercados até ao final da década.










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