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dispositivos da samsung

Se há uma crítica persistente apontada às câmaras dos smartphones da Samsung, é a dificuldade em captar objetos em movimento rápido sem criar arrastamento ou desfoque. Embora o atual Galaxy S25 Ultra tenha melhorado significativamente neste aspeto face aos seus antecessores, a gigante sul-coreana está a preparar uma solução de hardware que promete resolver a questão de vez: um novo sensor de imagem com nível de obturador global ("global shutter-level").

Conforme avançado pelo Sisa Journal, a marca está no processo de desenvolvimento desta tecnologia inovadora, desenhada para substituir o método de "rolling shutter" utilizado na grande maioria dos telemóveis atuais.

O fim do "Rolling Shutter"?

Para compreender a importância desta mudança, é necessário olhar para a forma como as câmaras funcionam. A maioria dos sensores atuais utiliza um obturador rotativo (rolling shutter), que capta a imagem linha por linha de forma sequencial. Embora rápido, este método pode criar distorções visuais quando o objeto se move mais depressa do que a leitura do sensor. Em contraste, um "global shutter" capta a informação de todos os píxeis simultaneamente.

No entanto, a implementação de um obturador global puro em smartphones enfrenta barreiras físicas: processar todos os dados ao mesmo tempo exige conversores analógico-digitais em cada píxel, o que aumentaria drasticamente o tamanho do sensor, tornando-o inviável para o corpo fino de um telemóvel.

A solução da Samsung passa por um sistema híbrido. O novo sensor combina uma estrutura de píxeis e algoritmos baseados no hardware existente de obturador rotativo. A estratégia envolve agrupar os píxeis em conjuntos de 2x2 (quatro píxeis), onde cada grupo partilha um único conversor. Esta abordagem permite manter um tamanho de píxel de 1,5µm e contornar as limitações de espaço.

Desafios técnicos e o interesse da concorrência

Apesar da inovação, a tecnologia não está isenta de compromissos. Segundo um responsável da Samsung citado pela fonte, como estes conjuntos de 2x2 operam internamente como um pequeno obturador rotativo, ainda existe uma ligeira distorção de imagem que não ocorreria num obturador global nativo. Para mitigar este efeito, a empresa está a desenvolver um novo algoritmo de câmara que aplica compensação de movimento para corrigir estas imperfeições.

Outra limitação atual desta tecnologia é a resolução, que se encontra "presa" nos 12 MP. Isto sugere que, numa fase inicial, este sensor poderá ser utilizado apenas como uma lente secundária e não como o sensor principal de alta resolução que costumamos ver nos topos de gama.

Curiosamente, a Samsung não é a única de olhos postos nesta evolução. O relatório indica que a Apple também demonstrou interesse na mesma tecnologia, o que pode indicar uma futura disputa pela supremacia na fotografia de alta velocidade. Embora o Galaxy S25 Ultra já tenha mostrado um desempenho superior ao das gerações passadas, a Samsung ainda procura alcançar a consistência de disparo rápido que a Google oferece na linha Pixel, e este novo sensor pode ser a chave para fechar essa lacuna numa futura geração Galaxy S.




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