
Comprar um telemóvel novo é sempre um momento de entusiasmo. Esperamos tirar o dispositivo da caixa, ligá-lo e ser imediatamente brindados com uma velocidade estonteante e uma fluidez impecável. No entanto, a realidade por vezes prega partidas: dias ou semanas após a compra, o equipamento pode começar a apresentar uma lentidão inesperada que não corresponde à ficha técnica nem ao preço pago.
Ao contrário do desgaste natural que ocorre após anos de uso, esta "preguiça" inicial não é normal, mas é comum. Felizmente, na grande maioria dos casos, o problema não está no hardware, mas sim na configuração inicial, no software desatualizado e em algumas aplicações intrusas. Se o seu novo companheiro digital parece cansado, aqui ficam os passos essenciais para o acordar.
Atualizações: O primeiro passo obrigatório
Muitas vezes esquecemo-nos de que o telemóvel que acabámos de comprar pode ter saído da fábrica há vários meses. Durante esse tempo em que esteve na prateleira, o software evoluiu. Quando liga o dispositivo pela primeira vez, é muito provável que esteja a correr uma versão antiga do sistema operativo, possivelmente com bugs que afetam o desempenho ou a gestão da bateria e que já foram corrigidos.
A primeira regra de ouro é ignorar a vontade imediata de instalar jogos e redes sociais e rumar diretamente às Definições > Atualização de software. Verifique se existem pacotes pendentes e instale-os.
O mesmo se aplica às aplicações. As versões pré-instaladas estarão quase certamente desatualizadas. Uma visita à Google Play Store para atualizar tudo é crucial para garantir que está a utilizar as versões mais otimizadas e seguras de cada app no seu Android.
Liberte a velocidade oculta nas definições
A maioria dos smartphones chega às mãos do consumidor configurada para um equilíbrio conservador entre desempenho e eficiência energética. As marcas querem garantir que a bateria dura o dia todo, e para isso, muitas vezes limitam a velocidade máxima do processador por defeito. Para a maioria dos utilizadores, isto é aceitável, mas se procura o desempenho máximo pelo qual pagou, terá de mergulhar nas definições.
Este cenário é particularmente comum nos equipamentos Samsung Galaxy. Por defeito, muitos vêm com o perfil de processamento definido para "Otimizado". No entanto, existem opções superiores, como "Alto" ou "Máximo", que libertam todo o potencial do chip.
Ao alterar estes modos, notará que as aplicações abrem mais depressa e as animações tornam-se mais fluidas. O custo pode ser uma ligeira redução na autonomia, mas a diferença na capacidade de resposta do telemóvel é muitas vezes transformadora. Pode até adicionar um atalho no painel de definições rápidas para alternar entre modos conforme a necessidade.
O flagelo do "Bloatware"
Dependendo da marca do telemóvel ou da operadora onde o comprou, o seu novo dispositivo pode vir carregado de "peso morto". O chamado bloatware refere-se a aplicações pré-instaladas que muitas vezes duplicam funcionalidades que o sistema já oferece (como navegadores extra, calendários de marca própria ou ferramentas de gestão duvidosas).
Estas aplicações não ocupam apenas espaço de armazenamento. Muitas delas correm processos em segundo plano, consomem dados móveis, enviam notificações indesejadas e, pior ainda, ocupam memória RAM preciosa. O resultado é um telemóvel novo que se comporta como se fosse velho.
Embora nem sempre seja possível desinstalar completamente estas aplicações sem conhecimentos técnicos avançados, a grande maioria permite ser "Desativada" nas definições de aplicações. Ao fazê-lo, impede que estas consumam recursos do sistema, deixando o processador livre para o que realmente importa.
Cuidado com as aplicações problemáticas
A primeira ação de quase todos os utilizadores é instalar o seu pacote habitual de aplicações favoritas. No entanto, nem todas as apps são criadas com o mesmo cuidado. Por vezes, basta uma única aplicação mal otimizada para colocar todo o sistema de rastos.
Se o seu telemóvel está lento ou sobreaquece, a culpa pode ser de uma destas aplicações. A forma mais fácil de identificar o culpado é verificar o menu de utilização da bateria. Se vir uma aplicação que raramente usa no topo da lista de consumo, é um sinal de alerta vermelho. Da mesma forma, verificar o gestor de memória pode revelar apps que estão a monopolizar os recursos. Nestes casos, a melhor solução é desinstalar a aplicação problemática e procurar uma alternativa mais leve e eficiente.










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