Quando uma empresa lança um novo produto no mercado, existe sempre uma certa antecipação por parte dos consumidores. Será o equipamento bom? Ou mau? E as empresas também sofrem um pouco, pois apesar de desenvolverem os seus produtos para tentarem apelar ao máximo de consumidores possíveis, nem sempre isso acontece.
Ao longo dos anos várias empresas, incluindo algumas bem conhecidas atualmente, tentaram lançar no mercado alguns produtos que, por um motivo ou outro, acabaram por não apelar nas vendas ou levaram a um rápido descontentamento.
Neste artigo iremos deixar alguns produtos que, ao longo dos anos, tiveram uma elevada expectativa antes do lançamento, mas falharam a apelar aos consumidores em geral.
> Samsung Galaxy Note 7 (2016)
Começamos esta lista com um bem conhecido e ainda relativamente recente: o Samsung Galaxy Note 7.
Apesar de ter recebido um bom feedback sobre a sua câmera de qualidade, S-Pen e funcionalidades únicas, o Galaxy Note 7 foi um total fiasco quando se começou a ver outra funcionalidade desconhecida na altura: explosões.
Vários utilizadores relataram que os seus Galaxy Note 7 estariam a explodir do nada, levando mesmo a alguns incidentes mais graves como pequenos incêndios e queimaduras. Rapidamente se chegou à conclusão que o problema estaria derivado da bateria, o que levou a Samsung a iniciar a recolha de 2.5 milhões de unidades em todo o mundo.
A 10 de Outubro de 2016, a empresa cancelou oficialmente a venda do modelo e anunciou que iria ser descontinuado no dia seguinte.
> Google Glass (2013-14)
O Google Glass certamente que, na altura do lançamento, estava muito à frente do seu tempo. Este permitia gravar vídeos e tirar fotos, obter informações e até ver vídeos a partir de uma espécie de óculos.
Este até foi bem recebido pelos entusiastas, mas uma grande generalidade da população não pretendia ver a sua privacidade potencialmente invadida com estes equipamentos, tendo levado a que vários locais – incluindo bares, restaurantes e centros comerciais – começassem a banir o equipamento das suas instalações.
Além disso, o número limitado de unidades disponíveis para venda e o preço elevado de 1500 dólares, conjugando com uma bateria de fraca autonomia e uma interface confusa, levaram a que o equipamento fosse descontinuado poucos meses depois do lançamento oficial.
> Google Nexus Q (2012)
O Nexus Q foi apresentado durante o evento Google I/O de 2012. Este prometia ser um centro multimédia, ou mesmo um rival para o Apple TV, mas nem chegou a ser lançado.
Apenas quem assistiu ao evento Google I/O desse ano teve oportunidade de levar um destes modelos para casa. Quem realizou a pré-encomenda do mesmo também o recebeu de forma gratuita, mas mais nenhuma unidade foi colocada à venda.
Em parte, o fracasso deve-se às funcionalidades limitadas do equipamento. Este não permitia o suporte a aplicações externas, como o Netflix, suportando apenas os serviços da própria Google. Um mau feedback por parte da imprensa também afastou muitos potenciais comprados antes sequer do produto se encontrar nas lojas (algo que nunca chegou a acontecer).
Porém, a Google parece ter aprendido a lição, tendo lançado poucos anos depois o ChromeCast, este sim com sucesso.
> Nintendo Virtual Boy (1995)
A Realidade virtual está em alta nos dias de hoje, mas muito antes de toda esta popularidade, a Nintendo já tinha tentado entrar neste sector em 1995, ou pelo menos era o que se esperava.
Em 1995 a Nintendo lançou o Virtual Boy, que seria considerado uma espécie de realidade virtual e prometia aos jogadores ambientes mais envolventes para os jogos. No entanto, um tamanho elevado e difícil de utilizar, além de ser necessário pausas a cada 15 minutos para evitar enjoos, levaram a que apenas 770,000 fossem vendidas.
> Amazon Fire Phone (2014)
A Amazon é bem conhecida pela sua linha de tablets e ebooks relativamente aceitáveis. Então fazia apenas sentido que a empresa fosse apostar também em smartphones, certo?
Bom, esta pode ter sido a ideia da Amazon em 2014, mas acabou por se revelar um desastre. O Amazon Fire Phone prometia um elevado desempenho e tinha algumas inovações para a altura, como o ecrã 3D.
No entanto, um design estranho, interface complicada de utilizar e poucas aplicações disponíveis levaram a que o equipamento fosse rapidamente descontinuado.
> Nokia N-Gage (2003)
A Nokia pode estar a voltar ao mercado, e o sucesso no passado do 3310 não deixa de ser impressionante (o nome ainda está bem establecido nos dias de hoje). No entanto, nem todo o caminho foi sempre de sucesso para a marca.
Em 2003 a empresa lançou o que prometia ser um “telemóvel para gaming”, numa altura em que os smartphones ainda não eram uma realidade. O Nokia N-Gage combinava um telemóvel com consola de jogos portátil.
No entanto, o design mal concebido, um preço elevado para a altura e a fraca disponibilidade de jogos levaram a que não fosse realmente um atrativo para os consumidores. A empresa ainda lançou uma segunda versão, que corrigia alguns problemas do modelo anterior, mas já seria tarde demais para apelar aos consumidores.
> MSN Direct Smart Watches (2004)
Na europa, o MSN Direct Smart Watches pode não ter recebido muita atenção. Mas nos EUA era algo que prometia revolucionar o futuro. Esta espécie de smartwatch da Microsoft, lançado em 2004, estava bastante à frente do seu tempo – ainda mais tendo em conta a popularidade atual deste mercado.
O MSN Direct Smart Watches permitia, por aproximadamente 9 dólares por mês, o acesso a diversos conteúdos diretamente do pulso, como a rádio FM, noticias, estado do tempo, entre outros.
No entanto, numa altura em que os smartphones já forneciam isso e muito mais (de forma gratuita), o serviço acabou por não receber uma grande atenção dos consumidores, tendo sido rapidamente descontinuado.
> Microsoft Zune (2006)
Na esperança de lançar uma alternativa ao popular iPod da Apple, a Microsoft lançou em 2006 o Zune.
Apesar de contar com uma interface atrativa, esta não foi suficiente para ultrapassar a popularidade da Apple no mercado. O equipamento ainda recebeu mais quatro gerações, antes de ser totalmente descontinuado em 2011, com o serviço de streaming a funcionar durante os quatro anos seguintes.
Ainda chegou a comprar algum dos itens nesta lista? Ou possui uma sugestão para outros?
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