Todo o ransomware possui um principal objetivo: obter dinheiro através do bloqueio de sistemas e roubo de informações pessoais dos utilizadores. E apesar de ter sido uma praga em constante crescimento no sistema Windows, o Android não é imune.
Apesar de não ser o primeiro ransomware para o Android, o DoubleLocker é o primeiro que pode efetivamente impedir o acesso aos ficheiros e ao próprio equipamento.
Descoberto pela empresa de segurança ESET, o DoubleLocker consegue encriptar todos os dados presentes no sistema Android, além de mudar o PIN utilizado para o desbloqueio do mesmo. Desta forma, mesmo que seja possível o acesso a alguns dos dados, o equipamento ainda necessita de um PIN especifico para que possa ser utilizado.
O ransomware encontra-se a ser disponibilizado como uma falsa atualização do Flash para Android, por via de publicidade maliciosa. Quando é instalado, o malware começa por pedir permissões de acessibilidade no sistema, o que lhe garante a capacidade de aceder a vários conteúdos e definições.
Alem disso, este também monitoriza os conteúdos que o utilizador escreve e acede no equipamento antes de ser realmente processado o bloqueio total. Isto inclui ficheiros, mensagens de texto, emails e qualquer outro conteúdo que seja aberto dentro das aplicações instaladas.
O pagamento requerido é de “apenas” 0.0130 bitcoins, ou seja, cerca de 60 euros. O valor é consideravelmente reduzido ao que se costuma verificar neste tipo de malware, mas poderá ser uma tentativa de levar mais utilizadores a pagarem para obterem novamente acesso ao equipamento.
A única forma de remover o ransomware do sistema passa por pagar (o que não é de todo recomendado) ou então realizar o reset de fábrica ao mesmo, o que implica a perda de todos os conteúdos.
Como sempre é importante ter atenção aos locais de onde as aplicações são instaladas. Nunca utilize sites desconhecidos para descarregar aplicações ou até mesmo dentro das lojas oficiais, veja atentamente as reviews para aplicações relativamente novas.
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