A ciência atingiu hoje um novo marco, com o registo pela primeira vez da imagem de um buraco negro.
Um buraco negro possui valores tão elevados a nível da gravidade que nem mesmo a luz consegue escapar do mesmo. Por este motivo, todas as anteriores tentativas de registar uma imagem do mesmo falhavam, mas não com o Telescópio Event Horizon.
Aproveitando os discos brilhantes de gás e outro material celeste em redor, o telescópio foi capaz de registar a primeira imagem de um buraco negro ativo – que ficou apelidado de M87. Este conta com quase 40 mil milhões de quilómetros em diâmetro – cerca de 3 milhões de vezes o tamanho total da terra. Este encontra-se a uma distância do planeta terra muito superior ao que tinha sido até agora registado, na casa dos 500 milhões de triliões de quilómetros.
Segundo revela a BBC, citando os investigadores da Universidade Radboud na Holanda, o tamanho deste buraco negro é maior do que todo o Sistema Solar conhecido pelo homem. Possui uma massa 6.5 mil milhões de vezes superior ao do sol, no que é classificado como um “autêntico monstro”.
A imagem demonstra um vermelho vivo fogo, que constitui o material em redor do buraco negro e todo o gás na proximidade. A luminosidade é obtida devido à elevada força da gravidade no buraco negro, que levam à emissão da mesma.
Esta imagem também demonstra o que ia de encontro com a ideia do que seria um buraco negro. Apesar de o público estar habituado a ver imagens dos mesmos pela Internet, cinema e televisão, a representação real dos mesmos não era até agora conhecida – apenas se tinha uma ideia geral do mesmo.
Ter a primeira imagem real de um buraco negro também permite aos cientistas analisarem em mais detalhe estes objectos espaciais. No entanto ainda se encontra no ar uma questão: o que acontece ao que cai dentro do buraco negro? Algo que ninguém sabe...
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