
É difícil para a mente humana compreender números verdadeiramente gigantescos. Mesmo a escala de um milhão ou mil milhões é complexa de visualizar. Por isso, prepare-se para pensar em grande, porque os cientistas registaram a maior e mais distante explosão (flare) de um buraco negro até à data, e os números envolvidos são astronómicos.
No seu ponto mais brilhante, este evento cósmico brilhou com a luz equivalente a 10 biliões de sóis (correspondente a 10 trillion na escala anglo-saxónica), conforme descrito num blog do Caltech sobre o evento.
O "monstro" a 10 mil milhões de anos-luz
O evento ocorreu num núcleo galáctico ativo (AGN), essencialmente um buraco negro supermassivo em processo de "alimentação". Os investigadores preveem que este buraco negro seja 500 milhões de vezes mais massivo que o nosso Sol e esteja localizado a uns impressionantes 10 mil milhões de anos-luz de distância da Terra.
O que causou esta explosão?
A equipa de investigação suspeita que esta explosão gigantesca foi causada por um evento de disrupção de maré. Este fenómeno acontece quando a gravidade extrema do AGN puxa uma estrela próxima para si e, literalmente, a consome. A equipa estima que a estrela "devorada" pelo buraco negro tivesse uma massa 30 vezes superior à do nosso próprio Sol.
Uma observação única
"Isto é diferente de qualquer AGN que alguma vez vimos", afirmou Matthew Graham, co-investigador principal do estudo, professor de astronomia no Caltech e cientista de projeto do Zwicky Transient Facility.
Este buraco negro foi observado pela primeira vez em 2018, tanto pelo Zwicky Transient Facility como pelo Catalina Real-Time Transient Survey. A investigação detalhada sobre esta explosão astronómica foi publicada na revista Nature Astronomy.











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