No início deste ano, Google revelou o novo Manifest V3 para o Google Chrome – uma alteração que, ao longo dos últimos meses, tem vindo a causar impacto por poder prejudicar as extensões de bloqueio de publicidade, limitando os filtros que estas extensões poderão utilizar.
Atualmente, as extensões de bloqueio de publicidade no Chrome utilizam a funcionalidade “webRequest” da API do navegador, o que lhes permite remover o conteúdo dos sites quando estes são acedidos. No entanto, a Google afirma que este método é bastante pesado para a maioria das ligações e sistemas, levando a uma má experiência de utilização da Internet para os utilizadores.
É aqui que entra o Manifest v3, uma alteração no protocolo de criação de extensões para Chrome, que para as extensões que pretendam bloquear os conteúdos de páginas web necessitam agora de utilizar a API “declarativeNetRequest”. Esta nova diretiva é consideravelmente mais rápida que a anterior, mas também limita o número de filtros que podem encontrar-se ativos, e torna a maioria das extensões para bloqueio de publicidade ineficazes.
Depois de um certo descontentamento da comunidade em geral, e sobretudo dos criadores de extensões para o navegador, o engenheiro da Google Chris Palmer afirmou no Twitter que o novo sistema não “irá danificar a utilização dos bloqueadores de conteúdo atualmente existentes”.
Porém, em comunicado, a Google afirma agora que irá manter a possibilidade de certas versões do Chrome continuarem a utilizar a antiga API para o bloqueio de conteúdos, mas que a mesma será fornecida apenas a navegadores que façam parte de empresas. Ou seja, apenas os utilizadores de versões Enterprise do Google Chrome terão a capacidade de continuar a utilizar sistemas de bloqueio de conteúdos em websites sem alterações do que se encontra atualmente.
Obviamente, este número de utilizadores é consideravelmente mais reduzido do que o número de internautas que utilizam o Chrome com algum género de bloqueador de publicidade. A medida é vista por muitos como uma forma da Google atacar os bloqueadores de publicidade – tendo em conta que serão os principais afetados, e uma grande parte dos rendimentos da empresa partem dos seus sistemas de publicidade, pelo que existem interessem em desmotivar a utilização dos mesmos.
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