Depois das informações que o Youtube Kids não estaria a ter sucesso em cativar os menores para a sua aplicação dedicada, surgem agora novas informações que apontam para a possibilidade de a plataforma separar completamente os vídeos destinados a menores do site principal.
Segundo o Wall Street Journal, executivos da plataforma estão a discutir a possibilidade de remover do site tradicional todos os vídeos que sejam destinados a menores, colocando os mesmos acessíveis apenas a partir da aplicação Youtube Kids – versão do Youtube adaptada especificamente para os menores.
Caso se confirme esta intenção, a mudança pode ser uma das mais drásticas alguma vez realizada dentro da plataforma, e iria forçar os menores a utilizarem a aplicação dedicada da plataforma para verem os seus conteúdos. De relembrar que, atualmente, os vídeos do Youtube Kids estão também disponíveis a partir do Youtube tradicional na normalidade.
De sublinhar que, até ao momento, ainda não existe uma confirmação oficial que isso irá mesmo acontecer. O Youtube discute muitas ideias internamente, mas muitas destas nunca chegam a tornar-se realidade.
Tendo em conta a alteração substancial que a medida poderia vir a causar na plataforma, poderia ser também bastante complicado separar os conteúdos que são destinados aos menores dos restantes. A cada minuto são enviados mais de 500 horas de conteúdos para a plataforma, motivo pelo qual é consideravelmente difícil separar os que devem ser destinados a menores e os que podem permanecer na plataforma principal.
Alem disso, a própria separação dos vídeos necessita de ser cuidadosamente averiguada. No passado já surgiram casos de vídeos violentos que chegaram a ser vistos dentro do Youtube Kids. Em 2015, poucos meses depois da plataforma ser revelada, começaram a ser partilhados vídeos de conteúdo violento e agressivo, que chegaram a ser vistos por vários menores dentro do serviço.
Estes problemas continuaram até 2017, altura em que foram descobertos vários canais dentro da aplicação que estariam a utilizar a plataforma para partilha de vídeos agressivos e violentes, a grande maioria contra os termos de serviço da empresa.
Em suma, a Google necessita de ponderar bem se uma separação completa dos vídeos será benéfica para a plataforma ou poderá acabar por criar ainda mais problemas, limitando os conteúdos que os utilizadores podem ter acesso a partir do Youtube tradicional.
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