A Apple encontra-se cada vez mais perto de tomar controlo sobre todo o poder de processamento dos seus dispositivos, agora que anunciou a mudança da arquitetura dos MacBooks.
Tal como tinha vindo a surgir em vários rumores nas ultimas semanas, a Apple revelou durante a WWDC que irá começar a utilizar os seus próprios chips nos futuros macbooks, deixando de lado os processadores da Intel. A empresa garante que, com esta medida, os futuros macbooks terão ainda mais desempenho final e uma otimização acrescida de bateria – algo similar ao que a empresa já aplica sobre a sua linha de iPhones e iPads.
Os novos chips ARM vão ter uma forte integração com o sistema macOS Big Sur, que estará também desenvolvido para aproveitar todas as funcionalidades dos mesmos. A empresa também sublinha que todo o seu software já é compatível com a nova geração de chips, incluindo o exigente Final Cut Pro. A Microsoft também já terá realizado a mudança para o Office e a Adobe deve brevemente finalizar o suporte completo a todas as apps do Creative Cloud.
A mudança deve ainda permitir que as apps existentes atualmente para iPad e iPhone sejam totalmente compatíveis com os novos Macbooks, sendo que isto irá facilitar também consideravelmente o desenvolvimento de novas aplicações para ambos os sistemas.
A Apple pretende que a transição para os novos chips seja o mais simples e suave possível, sem percalços para os utilizadores finais e também para os programadores. Os primeiros sistemas com processadores dedicados da Apple devem começar a surgir até ao final do ano, embora a fabricante revele que ainda irá manter o suporte a processadores Intel nos macbooks durante os próximos anos – pelo que não vai ser uma mudança imediata.
De relembrar que a ultima grande migração da Apple para uma nova arquitetura de processadores aconteceu em 2006, quando a empresa passou de utilizar processadores PowerPC para os da Intel x86, sendo que a empresa manteve o suporte a sistemas nestes processadores antigos até 2013.
Esta medida, no entanto, deve trazer um forte rombo nas contas da Intel. Os últimos dados apontam que a Apple é responsável por cerca de 4% das receitas anuais da Intel, e o corte de novas encomendas daqui para a frente certamente que vai deixar uma forte mossa na empresa – que atualmente também se encontra a enfrentar problemas na parte dos desktops com a AMD e a linha Ryzen cada vez mais popular.
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