Entra hoje em vigor mais um confinamento em Portugal, com novas regras aplicadas devido ao aumento de casos de infeções sobre o COVID nos últimos tempos. Este é um confinamento algo similar ao que aconteceu o ano passado, com algumas mudanças no entanto, e uma delas encontra-se no facto que agora existe uma aplicação de contact tracing disponíveis para a maioria dos smartphones.
Apesar de o governo e as autoridades de saúde terem vindo a incentivar o uso da aplicação Stayawaycovid, como forma de prevenir a propagação do vírus, existe uma grande parte dos utilizadores que estão a desistir de ter a mesma instalada nos seus dispositivos.
De acordo com o jornal Público, cerca de 60% dos utilizadores Portugueses que tinham a aplicação instalada nos seus dispositivos já a terão removido – o que corresponde a cerca de 1.8 milhões de utilizadores.
Além disso, também não é animador que, segundo os dados mais recentes do INESC TEC associados a 13 de Janeiro de 2021, apenas foram utilizados 2708 códigos pela aplicação, um número bastante reduzido face ao número de casos que tem vindo a aumentar constantemente. A INESC TEC aponta as falhas a uma falta de organização e formação dos médicos para que sejam fornecidos os códigos aos utilizadores.
Existe também um certo desconhecimento dos utilizadores em colocar os códigos, sendo que entre 1 de Setembro e 5 de Janeiro de 2021, apenas 25% dos códigos gerados pelos médicos foram realmente introduzidos na aplicação – até mesmo para utilizadores que a tinham instalado nos seus dispositivos. No final, tendo em conta o número de casos confirmados, foram gerados menos de 2.7% de códigos.
A aplicação tem vindo a obter bons valores no que respeita ao número de downloads realizados, no entanto existe ainda um forte desconhecimento dos médicos para fornecerem os códigos a aplicar.
A aplicação esteve mais popular no mês de Outubro de 2020, na mesma altura em que se encontrava em estudo a possibilidade da aplicação vir a ser obrigatória para todos os utilizadores – mas desde então os números diários têm vindo a descer consideravelmente.
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