A União Europeia tem vindo a apertar fortemente as regras a nível de privacidade dos utilizadores, tanto a nível digital como físico. E nem mesmo entidades como a Europol escapam dessas regras.
Recentemente a agência de segurança foi ordenada a eliminar da sua base de dados todas as informações respeitantes a cidadãos da União Europeia que podem ter sido recolhidos nos últimos anos, mas não estejam relacionados com qualquer caso ativo.
Esta decisão foi recentemente aprovada pelo European Data Protection Supervisor, um grupo independente focado em monitorizar a recolha de dados e a privacidade dos utilizadores junto de várias instituições Europeias.
A Europol possui, a partir de agora, um ano para remover todos os conteúdos que sejam associados a utilizadores, residentes na União Europeia, e que tenham sido catalogados na base de dados da mesma mas não estejam associados a nenhum crime.
Além disso, a medida também estipula que, a partir de agora, a Europol pode manter os dados dos utilizadores que não estejam associados a crimes apenas durante o prazo de seis meses, a partir dos quais devem ser removidos.
Ambas as entidades encontram-se atualmente a discutir a melhor forma de realizar este processo, em parte visto que a base de dados da Europol é bastante extensa, e mesmo com o prazo de um ano será bastante complicado de filtrar toda esta informação.
De notar que a EDPS tem vindo a investigar as práticas de recolha de dados da Europol desde meados de 2019, altura em que as investigações à mesma terão acusado possíveis falhas na privacidade dos utilizadores. A entidade afirma ainda que a recolha destes dados pode comprometer seriamente a privacidade dos utilizadores que não estejam relacionados com nenhum género de crime.
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