Nos últimos dias, o Twitter tem vindo a realizar alterações sobre a sua política de suspensão de contas, depois de Elon Musk confirmar que iria fornecer amnistia a contas que tinham sido anteriormente suspensas – exceto se estas tenham praticado algum género de prática contrária das leis ou spam.
A ideia de Musk surge sobre a criação da plataforma "aberta para todos" e livre de expressão, mas ao mesmo tempo, levanta novas questões a nível do aumento de conteúdos de ódio no serviço.
Vários grupos de defesa dos direitos civis dos utilizadores encontram-se a indicar que o Twitter tem vindo a verificar um aumento de comentários de ódio contra diversos grupos, e que isso deverá ser ainda mais complicado de gerir com as ideias de Musk sobre o fornecimento de amnistia para contas banidas no passado da plataforma.
Apesar de Musk indicar que este género de conteúdos encontra-se em queda na plataforma, ao mesmo tempo, os dados dos utilizadores apontam o contrário. Estudos feitos pela Ultraviolet, GLAAD, Kairos e Women's March apontam que 57% das pessoas que responderam ao inquérito das entidades apontam terem visto conteúdos abusivos e violentos contra determinados grupos com base na sua raça, género, sexualidade ou outras características pessoais – tudo dentro do Twitter.
Mulheres e quem se identifica como dentro de movimentos LGBTQ+ são dos grupos mais atacados na plataforma. A grande maioria dos utilizadores destes grupos apontam que as redes sociais devem ter responsabilidade sobre este género de violência e agressões.
É importante ter em conta, no entanto, que mesmo que Musk consiga abrir as portas para que o Twitter venha a ser uma plataforma aberta para a liberdade de expressão, essa ideia pode não ir de encontro com a leis de todos os países – e sobretudo na União Europeia, onde estão a ser criadas novas legislações exatamente focadas em combater este género de conteúdos abusivos online.
Além disso, a ideia de mais conteúdo de ódio dentro do Twitter vai levar também a que ainda mais anunciantes comecem a suspender as suas campanhas de publicidade na plataforma, o que certamente não será uma medida benéfica para o Twitter.
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