Nos últimos meses a Meta tem vindo a intensificar o ataque contra plataformas que realizam o scraping de conteúdos das suas redes sociais. No entanto, novos documentos agora revelados apontam que a empresa também terá realizado esta prática no passado.
O portal Bloomberg revelou ter recentemente obtido documentos de um caso em tribunal entre a Meta e a empresa Bright Data, os quais indicam que, no passado, a Meta terá usado fundos da empresa para realizar o scraping de conteúdos em outros websites.
Este seria um dos serviços que a Meta pagaria à Bright Data para realizar. Em comunicado, um porta-voz da empresa afirma que a empresa recolheu dados no passado para criar perfis de marcas e para identificar sites potencialmente maliciosos, mas que não seria focado em recolher dados de plataformas rivais.
A Meta sublinha ainda que a prática de scraping não necessita de ser inteiramente maliciosa, e pode ter usos legítimos e comerciais, desde que seja feito dentro da legalidade e dos termos de serviço de cada plataforma.
No caso que se encontra contra a Bright Data, a Meta afirma que esta empresa terá usado dados recolhidos do Instagram e Facebook para vender os mesmos a terceiros sem o consentimento da Meta.
De notar que nenhuma das partes identifica os sites de onde foram recolhidas informações ou quais os dados concretos que terão sido recolhidos.
Esta informação surge na mesma altura que a Meta se encontra a aplicar medidas severas contra plataformas que realizaram o scraping de dados de utilizadores do Facebook e Instagram, contra os termos de serviço das duas plataformas. A empresa também foi multada de forma recente em 265 milhões de euros, por não implementar medidas que impeçam a recolha massiva de informações dos utilizadores no serviço e por expor informação privada dos mesmos.
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