Durante o final da semana passada, o CEO da Starlink, Elon Musk veio publicamente negar as ligações da empresa com autoridades russas. Esta indicação surgiu depois de vários meios russos terem indicado que as tropas do pais estariam a usar a rede de internet da Starlink na frente de batalha.
As acusações começaram a surgir inicialmente nas redes sociais, com vários meios a partilharem imagens de soldados russos a usarem dispositivos da Starlink na frente de batalha, o que indicaria que os mesmos estariam a usar a rede da empresa para comunicações.
Algumas fontes indicavam ainda que as entidades russas teriam ativado os seus dispositivos por uma empresa sediada no Dubai, de forma a contornar as limitações associadas com o uso dos dispositivos em solo russo.
Pouco depois, várias fontes ucranianas também confirmavam as histórias, indicando que os russos teriam acesso à tecnologia e estariam a usar a mesma para obter vantagens na frente de batalha. Andrii Yusov, representante da Inteligência de defesa da Ucrânia, também deixou o seu comentário sobre o caso, referindo que as imagens comprovam que as forças russas possuem cada vez mais acesso à tecnologia da Starlink.
Face a estas acusações, Elon Musk referiu em resposta na X que não existem dispositivos a ser usados na Rússia, e que para o conhecimento da Starlink, desconhecem-se a compra dos mesmos de forma direta ou indireta à empresa.
Embora os serviços da Starlink estejam desativados na Rússia, existem algumas zonas do pais onde é possível realizar essa ligação, e onde existem tropas ativas no terreno. A empresa refere ainda que, caso tenha conhecimento do uso de dispositivos da entidade em solo russo, irão ser tomadas medidas para desativar os terminais ativos.
No entanto, a empresa não clarifica como poderia identificar os terminais em uso por parte das tropas russas com o de outras entidades, como das forças ucranianas ou até mesmo dos cidadãos.
De relembrar que os sistemas da Starlink foram fundamentais para a ofensiva ucraniana em meados de 2022, tendo ajudado a manter as comunicações no pais numa altura em que alternativas estavam consideravelmente limitadas ou inexistentes.
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