A Meta tem sido, de forma recente, alvo de várias campanhas de publicidade fraudulenta. Estas campanhas usam IA para criar deepfake de personalidades conhecidas em Portugal, fazendo passa a ideia para programas de investimento.
No final, o objetivo passa por levar os utilizadores a investirem mais de 200 euros numa plataforma falsa, que acaba por ficar com os fundos sem que as vítimas tenham qualquer retorno financeiro.
Para tentar criar uma imagem de importância, a campanha distribui-se com vídeos e imagens associados a organizações importantes. Num dos exemplos, o site da campanha afirma ser um programa da Galp, contendo mesmo um vídeo criado por IA de Paula Amorim.
Este género de campanhas tem vindo a aumentar consideravelmente pelo Facebook. No entanto, embora este género de conteúdos violem os termos de publicidade da Meta, a empresa recursa-se a remover os mesmos da sua plataforma.
O TugaTech analisou várias campanhas publicitárias do mesmo formato, que foram reportadas como sendo publicidade enganadora ou fraudulenta, usando as próprias ferramentas que a Meta fornece para tal tarefa.
No entanto, em resposta do caso, a Meta negou remover a publicidade da sua plataforma, considerando que a mesma não viola os termos de publicidade. Quando se tentou realizar a reavaliação do caso, sobre a possibilidade de ter sido uma falsa moderação por parte dos moderadores da Meta, a empresa voltou a recusar remover a campanha publicitária alegando novamente que não viola os termos da sua plataforma.
Neste ponto, quem reporte a campanha não poderá realizar novamente o pedido de reavaliação da mesma, exceto avançando com um caso legal junto das autoridades competentes.
O TugaTech realizou o teste de reportar 5 campanhas publicitárias deste formato, todas contendo conteúdos enganadores, fraudulentos e de roubo de identidade via deepfake de personalidades reconhecidas em Portugal. Em todos os casos, a Meta recusou remover a publicidade, alegando que não viola os termos de publicidade da empresa.
Além disso, quando realizado o pedido para reavaliar a remoção por violar os termos de publicidade da empresa, o resultado foi idêntico, sendo que nenhuma das campanhas foi efetivamente removida. Eventualmente, algumas das campanhas foram pausadas pelos seus criadores - e não pela Meta.
No entanto, ainda existem campanhas ativas na plataforma, e podem chegar a milhares de utilizadores na mesma, com eventuais vítimas a perderem elevadas quantias de dinheiro nos falsos investimentos.
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