Um novo estudo aponta que o Instagram encontra-se a recomendar, a utilizadores menores de idade, conteúdos potencialmente sugestivos e sexuais, mesmo que os utilizadores não estejam ativamente a procurar por esse género de conteúdos.
De acordo com o The Wall Street Journal, o estudo analisou a forma como os conteúdos são recomendados a utilizadores menores de idade dentro do Instagram, tendo-se chegado à conclusão que, eventualmente, conteúdos com cariz sexual acabam por surgir nas recomendações com algum uso da plataforma.
As contas, que foram criadas como sendo de menores, rapidamente começaram a receer conteúdos com este formato de conteúdo, com danças sensuais. Como parte da investigação, os utilizadores simplesmente começaram a analisar mais estes vídeos, saltando outros Reels, sendo que o algoritmo rapidamente começou também a apresentar mais conteúdos deste formato.
Alguns dos Reels que começaram a surgir continham cenas de cariz sexual, enquanto outras incentivavam os menores a deixarem comentários para serem enviadas fotos explicitas – a maioria das contas poderiam ser usadas também para esquemas e burlas.
Os investigadores indicam que demorou menos de três minutos depois da conta ser criada para começarem a ser recomendados estes vídeos. Com apenas 20 minutos de uso do Reels, a maioria das recomendações eram deste formato de conteúdos.
O mesmo teste foi também realizado sobre o Snapchat e TikTok, sendo que em ambos os casos nenhuma das plataformas começou a apresentar este formato de vídeos para as contas de menores de idade.
De notar que este problema não é inteiramente novo, e até mesmo a Meta já tinha indicado que o seu algoritmo poderia sugerir conteúdos menos apropriados para menores dependendo das visualizações.
Face à investigação, um porta-voz da Meta veio confirmar que o teste não foi realizado de forma clara e verdadeira, sendo referido que a forma como os conteúdos foram analisado não é a forma como utilizadores menores de idade usam o Reels ou o Instagram.
De relembra que, em Janeiro deste ano, a Meta aplicou alterações na sua plataforma para focar consideravelmente na privacidade de menores, colocando os mesmos numa lista mais restritiva de conteúdos a que podem ter acesso.
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