Alguns dos maiores estúdios musicais na indústria criaram um novo processo por violação de direitos de autor contra algumas das plataformas de criação de conteúdos musicais via IA.
O processo terá sido apresentado contra as plataformas Suno AI e Udio, que usam IA para criar conteúdos de música baseados em pedidos dos utilizadores. Nomes como a Universal Music Group, Sony Music Entertainment e Warner Music Group estão entre a lista de entidades que alegam que as duas empresas usarem conteúdos protegidos por direitos de autor para o treino dos modelos de IA.
No caso da Suno, a empresa é acusada de usar os conteúdos sem licenciamento para treino dos modelos de IA, criando resultados finais bastante parecidos com os de autores legítimos.
Num dos exemplos, foi apresentada a música “Johnny B. Goode” da Universal Music Group, onde o sistema da Suno foi capaz de criar mais de 29 variações bastante parecidas com a mesma. Algumas destas variações possuíam bastantes semelhanças com o conteúdo original, que terá sido alegadamente usado para o treino dos modelos de IA.
Além disso, a Suno é ainda acusada de replicar a voz dos artistas e de algumas das suas características chave. A mesma acusação foi também feita contra a plataforma Udio, pelas mesmas alegações.
Mikey Shulman, CEO da Suno, referiu já em comunicado que as tecnologias da sua plataforma focam-se em criar novos conteúdos, e que os utilizadores nem podem diretamente referenciar artistas conhecidos para terem o estilo de música idêntico.
Shulman afirma-se ainda desapontado com a medida, considerando que os estúdios deveriam ter entrado primeiro em contacto com a entidade invés de avançarem diretamente para um processo em tribunal.
O caso deve agora ser analisado antes de proceder para julgamento.
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