Os EUA encontram-se numa agressiva missão contra o TikTok, e mais concretamente, a empresa mãe, Bytedance. Numa altura em que o futuro da plataforma ainda é algo incerto nos EUA, voltam a surgir novas informações sobre o caso.
Desta vez, o Departamento de Justiça dos EUA encontra-se a acusar o TikTok, e a sua empresa mãe, de recolher informação dos utilizadores em várias questões sensíveis, como é o caso do controlo de armas e religião, enviando esses dados para a Bytedance, na China.
Nos documentos agora revelados sobre o caso, os EUA acusam a plataforma de usar dados dos cidadãos e de enviar a informação para a Bytedance, usando uma plataforma interna para a troca de informação confidencial. A recolha desta informação encontra-se a ser feita, segundo a entidade, de forma ilegal.
A acusação aponta ainda que vários funcionários do TikTok estariam a trocar informações diretamente com funcionários da Bytedance na China, algumas das quais envolviam dados sensíveis dos utilizadores. As informações eram depois enviadas para servidores na China, dos quais a ByteDance teria acesso.
Uma das ferramentas de pesquisa era conhecida como Lark, e permitia a troca de informações entre o TikTok e Bytedance de forma segura. Este sistema era usado para recolher dados sobre questões sensíveis nos EUA, como é o caso de leis sobre o controlo de armas, do aborto, religião e outros temas polémicos.
De notar que estes documentos demonstram uma das primeiras defesas dos EUA contra a Bytedance e a plataforma associada. De relembrar que ainda se encontra ativa a lei que, caso a Bytedance não se separe diretamente do TikTok, a plataforma de vídeos pode vir a ser banida por completo dos EUA.
A acusação aponta ainda que a Bytedance pode controlar a forma como o algoritmo apresenta conteúdos aos utilizadores, moldando as suas opiniões pelo mesmo. Esta manipulação era feita de forma silenciosa, e partiria da China.
Em resposta a estas acusações, o TikTok afirma que o governo dos EUA encontra-se a fornecer detalhes sem dar provas concretas do que é dito. A plataforma continua a sublinhar que as medidas aplicadas contra a mesma possuem apenas intenções políticas, e não se baseiam em provas concretas – que a rede afirma não terem ainda sido fornecidas pelas autoridades dos EUA.
Espera-se que o caso venha a desenvolver-se durante os próximos meses, sendo que a próxima audição do mesmo encontra-se prevista para Setembro.
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