
O Facebook pode ser obrigado a pagar uma multa de 100 mil euros por ter guardado informação de um jovem austríaco após este ter eliminado a sua conta da rede social.
Segundo o Guardian, o jovem Max Schrems, um estudante de Direito de 24 anos, processou o Facebook por este ter mantido 1200 registos dos seus dados pessoais. Tudo começou quando o jovem eliminou a sua conta e, passado um mês, terá pedido os dados pessoais ao Facebook.
Recebeu posteriormente todos os dados que tinha na sua conta, incluindo mensagens e fotografias dos seus três anos de actividade na rede.
Segundo as declarações do estudante, «descobri que o Facebook tinha guardado mensagens altamente pessoais que eu tinha escrito e depois apagado, que, se fossem tornadas públicas, poderiam prejudicar a minha reputação».
A queixa foi apresentada no tribunal da irlanda e, caso seja dada razão ao jovem estudante, o Facebook arrisca uma multa de 100 mil euros.
O porta-voz do Facebook já referiu que «o Facebook disponibilizou ao Sr. Schrems toda a informação que pediu em resposta ao seu requerimento».
Segundo o SOL, o porta-voz sublinhou ainda que a informação pedida «incluía pedido de informação sobre uma diversidade de outras coisas que não era informação pessoal, como as medidas de protecção contra fraude do Facebook e outros procedimentos analíticos do Facebook», o que considera que «claramente isto não são dados pessoais».




Ter 25 Out 2011 - 1:34 por SkySurfer
Não acho lá muito bem que guardem as nossas mensagens privadas mas a pretensão deste jovem austríaco não tem lá muitas pernas para andar...Quem requereu essas informações foi ele próprio, o Facebook não as tornou públicas, mas pensando bem qualquer pessoa se podia ter feito passar por ele e obter esses dados... Não sei como é o sistema jurídico da Áustria mas aqui em Portugal a maioria dos julgamentos de cariz penal são de natureza pública, ou seja, qualquer pessoa pode assistir ao julgamento, requerer acesso às informações processuais, constituir-se assistente do processo, etc. Salvo requerimento em contrário ou decisão também contrária por parte do tribunal. Onde quero chegar com isto é, se a verdadeira intenção dele fosse o receio de ver tornados públicos aquelas informações, intentar uma acção penal contra o Face não é lá muito boa ideia, a não ser que fechem o tribunal ao público






