As autoridades da Bélgica realizaram recentemente uma investigação a alguns deputados do parlamento Europeu, tendo sido confirmado que a empresa chinesa Huawei terá tentado subornar os mesmos.
De acordo com as autoridades, a Huawei terá tentado subornar pelo menos 15 membros do Parlamento Europeu, com o objetivo de facilitar os interesses da empresa. As autoridades realizaram ainda buscas em 21 casas na Bélgica e Portugal.
As autoridades consideram que o caso envolve atuais e antigos eurodeputados e lobistas que trabalham ou trabalharam para a empresa chinesa, tendo sido detidos suspeitos de terem subornado eurodeputados para obterem regalias para a empresa.
Os investigadores apontam ainda que os lobistas “podem ter subornado eurodeputados com artigos como bilhetes de futebol caros, presentes luxuosos, viagens luxuosas à China e até dinheiro para garantir o seu apoio à empresa, enquanto esta enfrentava resistências na Europa. Segundo uma fonte, os pagamentos a um ou vários legisladores terão passado por uma empresa portuguesa”.
Algumas fontes apontam ainda que as transferências de dinheiro podem ter sido realizadas por uma empresa de pagamentos, com sede em Portugal. O nome da entidade em questão não foi revelado. As autoridades belgas afirmam que existem atualmente 15 deputados do parlamento que se encontram sobre a investigação.
O esquema terá começado em 2021, e desenvolveu-se de forma silenciosa pelo meio. Os suspeitos eram subornados com recurso a “presentes de objetos de valor (incluindo smartphones Huawei)", assim como "transferências de alguns milhares de euros" e "bilhetes para jogos de futebol".
Face ao caso agora revelado, a Huawei já deixou algumas indicações. Em comunicado, a empresa refere que “(A Huawei) tem uma política de tolerância zero em relação à corrupção ou outras irregularidades, e estamos comprometidos em cumprir todas as leis e regulamentos aplicáveis em todos os momentos”.
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