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Desde 2023 que a Google se encontra sob o olhar atento do Departamento de Justiça dos Estados Unidos (DOJ), enfrentando acusações de manter um monopólio no mercado de pesquisa na internet. Esta alegação foi validada em tribunal no ano passado, e o processo antitrust continua a decorrer, com o DOJ a propor agora medidas drásticas contra a gigante tecnológica.  

 

Conforme noticiado pela Reuters, o CEO da Google, Sundar Pichai, testemunhou recentemente em Washington, defendendo a posição da empresa face às exigências do Departamento de Justiça. A principal proposta do DOJ passa por obrigar a Google a partilhar os seus dados de índice de pesquisa e de consultas dos utilizadores com empresas concorrentes.

 

Defesa de Pichai contra a partilha de dados

 

Sundar Pichai argumentou que forçar esta partilha de dados poderia sufocar a capacidade de inovação da Google e prejudicar seriamente os seus esforços em investigação e desenvolvimento (I&D). O CEO classificou as medidas propostas pelo DOJ como "extraordinárias", equivalendo a uma "alienação de facto da nossa propriedade intelectual relacionada com a pesquisa".

 

Pichai acrescentou que, com acesso a esses dados, seria "trivial fazer engenharia reversa e efetivamente construir a pesquisa Google a partir do exterior". Afirmou ainda que estas exigências tornariam "inviável investir em I&D da forma como o fizemos nas últimas duas décadas". O objetivo do processo judicial é fomentar a concorrência no mercado de pesquisa online, e o DOJ acredita que obrigar a Google a partilhar os seus dados secretos seria um passo crucial nesse sentido.

 

Outras exigências do DOJ: Pagamentos e Venda do Chrome

 

As propostas do Departamento de Justiça não se ficam pela partilha de dados. A agência governamental pediu também ao tribunal que impeça a Google de continuar a efetuar pagamentos a empresas como a Apple e a Samsung. Estes pagamentos visam garantir que o motor de busca da Google seja o pré-definido nos dispositivos e serviços dessas companhias.  

 

A medida mais radical proposta pelo DOJ, contudo, é a exigência de que a Google venda o seu popular navegador Chrome a outra empresa. Esta ação visaria quebrar o domínio da Google no acesso à internet. Até ao momento, empresas como a OpenAI, Perplexity e Yahoo já manifestaram interesse na aquisição do Chrome.  

 

A defesa do Chrome

 

Esta semana, Parisa Tabriz, Diretora Geral do Google Chrome, também testemunhou em tribunal. A sua defesa centrou-se na ideia de que a Google é a única empresa capaz de gerir eficazmente o Chrome, sublinhando que algumas das funcionalidades vitais de privacidade do navegador dependem diretamente da infraestrutura da Google.  

 

O desfecho deste caso poderá ter implicações profundas não só para a Google, mas para todo o ecossistema digital e a forma como a concorrência é regulada no setor tecnológico.




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