Com a Nintendo Switch 2 finalmente no mercado, surgem as primeiras análises técnicas aprofundadas, e os resultados da retrocompatibilidade são surpreendentes. Uma avaliação preliminar dos especialistas do Digital Foundry revela que a nova consola tem potência de sobra para transformar alguns dos jogos mais problemáticos da sua antecessora em experiências perfeitamente jogáveis.
De desastre a exemplar: o caso de Batman: Arkham Knight
Quem se recorda do lançamento de Batman: Arkham Knight para a primeira Switch no final de 2023, lembra-se do desastre. O Digital Foundry classificou-o como uma das piores adaptações de um título AAA para a plataforma, citando bloqueios, "soluços" constantes na jogabilidade e quedas de performance tão severas que a taxa de fotogramas chegava a zero.
Agora, na Nintendo Switch 2, o cenário é outro. Sem necessidade de qualquer atualização ou otimização por parte dos produtores, o jogo corre de forma estável a 30 fotogramas por segundo (FPS). Em certas secções, o desempenho chega a duplicar face à consola original, resolvendo de forma eficaz as frustrações da versão anterior. Apesar de ainda se ter registado um crash ocasional e de as texturas de baixa qualidade dependerem de uma futura atualização para serem melhoradas, a transformação é notável.
O "segredo" está no hardware e não na emulação
Segundo a análise, o ganho de performance massivo deve-se à forma como a retrocompatibilidade foi implementada. Em vez de emular o hardware da Switch original, a nova consola utiliza uma camada de tradução. Isto permite que os jogos antigos tenham acesso direto a todo o poder do novo CPU e GPU, contornando as limitações da geração passada.
The Witcher 3 e as limitações gráficas da herança
Outro título que colocava a primeira Switch no limite, The Witcher 3: Wild Hunt, também foi testado brevemente com resultados igualmente impressionantes. A taxa de fotogramas mantém-se cravada nos 30 FPS, garantindo uma fluidez que era impossível de alcançar consistentemente na versão original.
No entanto, nem tudo é perfeito. Tal como em Batman, os jogos correm com as configurações gráficas do modo portátil da primeira Switch. Isto inclui a resolução de 720p, que, embora aceitável no ecrã mais pequeno da antecessora, não fica particularmente bem no novo ecrã de 1080p da Switch 2, resultando numa imagem menos nítida.
Apesar de preliminares, estes testes indicam um futuro muito promissor. A Nintendo Switch 2, que foi lançada globalmente esta quinta-feira, 5 de junho, parece ter a capacidade de revitalizar toda a biblioteca de jogos da sua antecessora, oferecendo ganhos de desempenho significativos que prometem melhorar a experiência de inúmeros títulos.
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