A interminável batalha do YouTube contra os bloqueadores de anúncios acaba de ganhar um novo capítulo. A plataforma da Google intensificou as suas medidas, fechando uma importante brecha que permitia a navegadores como o Firefox e outras extensões de terceiros contornar as suas proteções e exibir vídeos sem publicidade. Se é um dos muitos que recorre a estas ferramentas, poderá ter uma surpresa desagradável em breve.
O fim da linha para algumas alternativas
A mais recente ofensiva do YouTube parece ter posto um ponto final nos "workarounds" que muitos utilizadores aproveitavam. Segundo avança o site 9to5Google, um número crescente de utilizadores está a deparar-se novamente com os temidos avisos que informam que "os bloqueadores de anúncios não são permitidos no YouTube" e que a sua utilização viola os termos de serviço da plataforma.
A frustração é visível em várias publicações no Reddit, onde a comunidade discute esta nova vaga de bloqueios. Ao que tudo indica, a atualização está a ser implementada de forma faseada. Relatos sugerem que utilizadores na Europa e no Sudeste Asiático ainda conseguem, para já, evitar a publicidade com os mesmos métodos, indicando que a implementação global será progressiva.
Um jogo do gato e do rato que não é de agora
Esta não é, de todo, uma novidade. A campanha do YouTube contra estas ferramentas começou com uma experiência em maio de 2023, evoluindo de simples avisos para o bloqueio total da reprodução de vídeos para quem tem um ad blocker ativo.
Este é apenas mais um movimento no contínuo jogo do gato e do rato entre a plataforma e os criadores de extensões. Em março deste ano, o YouTube já tinha implementado uma nova política que afetou diretamente os utilizadores do navegador Opera GX em conjunto com a popular extensão uBlock Origin. Na altura, alguns utilizadores do Firefox também começaram a receber os primeiros avisos.
As opções: pagar ou ver anúncios
Perante este cenário, o YouTube apresenta duas soluções claras nos seus banners de aviso: desativar o bloqueador de anúncios para a plataforma ou subscrever o serviço YouTube Premium para uma experiência totalmente livre de publicidade.
Atualmente, a subscrição Premium tem um custo de referência de 14 dólares por mês (aproximadamente 13 euros). Existe ainda uma versão mais económica, o Premium Lite, por 8 dólares mensais (cerca de 7,50 euros), que remove os anúncios da maioria dos vídeos, embora esteja previsto que a publicidade chegue aos Shorts. É de salientar que os preços podem variar ligeiramente no mercado português. A expectativa é que, tal como no passado, a comunidade encontre novas formas de contornar as restrições, levando o YouTube a responder com novas barreiras, perpetuando um ciclo que parece não ter fim à vista.
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