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Computador com robot a simbolizar a IA

 

A pesquisa assistida por inteligência artificial está a crescer de forma explosiva, mas novos dados revelam uma realidade surpreendente: a sua utilização está massivamente concentrada no desktop. O universo mobile, que domina o tráfego web global, permanece uma oportunidade largamente por explorar, especialmente no que toca ao comércio eletrónico.

 

Apesar de a maioria da navegação online ser feita em dispositivos móveis, mais de 90% dos reencaminhamentos provenientes de pesquisas com IA têm origem em computadores. Esta é a principal conclusão de um novo estudo da BrightEdge, que evidencia um claro desfasamento entre o local onde os utilizadores navegam e onde efetivamente usam as novas ferramentas de pesquisa.

 

Estes dados parecem confirmar que a era da pesquisa com IA chegou, mas, por enquanto, a sua casa é o ecrã do computador.

 

A surpresa dos números: o desktop reina na era da IA

 

A única exceção notável a esta tendência é a própria Pesquisa Google. O motor de busca da gigante tecnológica consegue gerar mais reencaminhamentos a partir do mobile (53%) do que do desktop (44%). No entanto, as restantes plataformas de IA mostram um domínio esmagador do desktop.

A percentagem de reencaminhamentos originados em desktop nas outras ferramentas é reveladora:

 

  • ChatGPT.com: 94%
  • Perplexity.ai: 96%
  • Bing: 94%
  • Google Gemini: 91%

 

Porque é que o telemóvel está a ficar para trás?

 

A análise aos dados aponta para algumas razões que podem explicar este atraso na adoção móvel. Primeiramente, a experiência dentro das aplicações móveis, como a do ChatGPT, muitas vezes apresenta uma pré-visualização da informação. Isto significa que o utilizador obtém a resposta na própria app, e só um segundo clique intencional levaria a um reencaminhamento para um site externo.

 

Por outro lado, os reencaminhamentos podem ser simplesmente mais limitados ou até atrasados quando as pesquisas de IA são realizadas dentro de ecossistemas de aplicações fechadas, ao contrário da experiência mais aberta de um navegador de desktop.

 

AI Overviews: uma experiência diferente em cada ecrã

 

As "AI Overviews", as respostas geradas por IA que a Google está a integrar no topo dos seus resultados de pesquisa, também se comportam de maneira diferente dependendo do dispositivo.

Nos telemóveis:

  • Aparecem três vezes mais frequentemente em pesquisas relacionadas com comércio eletrónico (13,5% no mobile vs. 4,5% no desktop).
  • Apresentam uma maior variedade de formatos, sugerindo que a Google está a testar ativamente diferentes estilos de apresentação no ecrã mais pequeno.

 

Nos desktops:

  • Ocupam, em média, mais 80% de espaço no ecrã em comparação com a versão móvel.
  • Surgem com 39% mais frequência no geral.
  • O seu formato é mais consistente e padronizado.

 

A oportunidade para o marketing e comércio eletrónico

 

Se o telemóvel é primariamente um dispositivo de descoberta e compras rápidas, e o desktop é usado para pesquisa mais aprofundada e detalhada, as estratégias de marketing digital precisam de se adaptar a esta nova realidade. Já não basta otimizar apenas por palavras-chave; o contexto do dispositivo é agora fundamental.

 

Jim Yu, CEO da BrightEdge, resume a situação:

“Se os profissionais de marketing não estiverem atentos à forma como a IA opera em diferentes dispositivos, podem estar a perder algumas oportunidades cruciais, especialmente no comércio eletrónico.”




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