A Hawaiian Airlines, a décima maior companhia aérea comercial dos Estados Unidos, está a investigar um ciberataque que perturbou o acesso a alguns dos seus sistemas informáticos. A empresa, que faz parte do mesmo grupo da Alaska Airlines, já assegurou que o incidente não comprometeu a segurança das suas operações.
Com uma frota superior a 60 aviões e mais de 7.000 colaboradores, a Hawaiian Airlines é uma peça fundamental nas ligações entre o Havai e 15 cidades nos EUA continentais, bem como 10 outros destinos na Ásia e no Pacífico.
Voos operam com normalidade
Num comunicado oficial emitido na manhã de quinta-feira, a companhia aérea fez questão de tranquilizar os seus passageiros. "A nossa maior prioridade é a segurança e proteção dos nossos clientes e colaboradores. Tomámos medidas para salvaguardar as nossas operações, e os nossos voos estão a operar em segurança e conforme o previsto", pode ler-se na nota.
No site da companhia, um alerta visível reforça que a viagem dos passageiros não foi afetada. Esta mesma mensagem está presente no site da Alaska Airlines, que adquiriu a Hawaiian Airlines no ano passado.
A Administração Federal de Aviação (FAA) dos EUA corroborou a informação, declarando à Reuters que "não houve qualquer impacto na segurança, e a companhia continua a operar de forma segura. Estamos a monitorizar a situação".
Investigação em curso com ajuda de especialistas
A Hawaiian Airlines agiu prontamente após a deteção do incidente, contactando as autoridades competentes e contratando especialistas externos em cibersegurança para avaliar o impacto do ataque e auxiliar na recuperação dos sistemas afetados.
Até ao momento, a natureza do ataque permanece por esclarecer. Não se sabe se os sistemas foram encriptados por um ataque de ransomware ou se foram desligados preventivamente pela própria companhia para conter a intrusão. Nenhum grupo de hackers reivindicou, para já, a autoria do incidente.
Um padrão de ataques a companhias aéreas?
Este evento surge pouco depois de um incidente semelhante que visou a WestJet, a segunda maior companhia aérea do Canadá, no passado dia 13 de junho. Nesse caso, o ataque impediu que os clientes acedessem à aplicação móvel e ao site da empresa.
Tal como a Hawaiian Airlines, a WestJet está a colaborar com peritos forenses para investigar o ciberataque e cumpriu já as suas obrigações regulamentares ao contactar as autoridades. A sucessão destes ataques levanta preocupações sobre a vulnerabilidade do setor da aviação a ameaças digitais.
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