A Inteligência Artificial (IA) está a tornar-se uma presença constante no nosso dia a dia, com aplicações que se estendem desde o uso pessoal e empresarial até à educação e setores governamentais. Perante esta realidade, a criação de legislação para regular o seu uso e potencial abuso tornou-se uma prioridade global. Depois do Reino Unido ter anunciado um plano de investimento massivo em IA no início do ano, é agora a vez dos EUA, sob a liderança do Presidente Donald Trump, revelarem um plano de ação que, em vez de restringir, visa acelerar a adoção da IA no país.
Acelerar a inovação sem barreiras
O "AI Action Plan", cujos detalhes foram disponibilizados no site oficial do governo, assenta em três pilares fundamentais. O primeiro foca-se em acelerar a inovação em Inteligência Artificial. A administração norte-americana defende que os EUA "têm de ter" os sistemas de IA mais poderosos do mundo, considerando-os um motor para o crescimento económico e para a criação de novos postos de trabalho. Para o conseguir, o plano prevê a remoção de burocracias e regulamentações, o incentivo ao desenvolvimento de IA em código aberto (open-source), o investimento em "ciência movida a IA" e o aumento da sua adoção nos setores governamentais, incluindo o Departamento de Defesa (DoD).
Construir uma infraestrutura para superar a China
O segundo princípio do plano traça um paralelo direto com a China, sublinhando a necessidade dos EUA expandirem a sua própria rede energética para suportar as crescentes necessidades da tecnologia. Isto implica a construção de infraestruturas energéticas seguras, o reforço da capacidade de fabrico de semicondutores no país, o desenvolvimento de centros de dados para apoiar operações militares e de inteligência, e a formação de uma força de trabalho qualificada e capaz de tirar o máximo partido destes novos sistemas.
Liderança na diplomacia e segurança internacional
Por fim, os EUA pretendem focar-se em impulsionar a adoção de modelos de IA, hardware e standards americanos em todo o mundo. Esta estratégia envolve a exportação de tecnologia para nações aliadas, o combate à "influência chinesa em organismos de governação internacional" e um forte investimento em biossegurança. Segundo o documento oficial, que pode ser consultado no portal AI.gov, estes três pilares são a base para a conquista da hegemonia global.
Com este plano de ação, o Presidente Trump acredita que os EUA podem não só vencer a corrida pela IA, mas também inaugurar uma nova era de "florescimento humano" e, simultaneamente, reforçar os padrões de segurança nacional.
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