
Apenas dois dias depois de a agência Reuters ter avançado que a fábrica da BYD na Hungria poderia sofrer atrasos, arrancando a produção apenas em 2026, a marca chinesa veio a público desmentir a informação. A gigante automóvel garante que a sua primeira unidade de produção em solo europeu começará a operar ainda durante este ano, mantendo o calendário original.
Estratégia europeia mantém-se firme
Em declarações diretas ao Global Times, a BYD fez questão de dissipar quaisquer dúvidas, reafirmando que a sua estratégia para a Europa “é de longo prazo” e que o projeto “se mantém no calendário original”. A empresa confirmou também que a capacidade de produção anual prevista de 300 mil veículos permanece inalterada.
Atualmente, está em curso o processo de certificação de 150 fornecedores europeus que irão apoiar a produção local na fábrica de Szeged, na Hungria. Este investimento, que ultrapassa os 3,4 mil milhões de euros (cerca de 4 mil milhões de dólares), será um marco histórico, tornando-se na primeira fábrica de um construtor automóvel chinês na Europa e permitindo contornar as tarifas adicionais aplicadas a veículos importados da China.
Expansão e números que impressionam
Apesar dos rumores, a estratégia de expansão global da BYD continua a avançar a todo o gás. A marca já está presente em mais de 20 mercados europeus, tendo recentemente chegado a países como a Roménia, Eslováquia, Croácia, Sérvia e Estónia, demonstrando a sua forte aposta no continente.
Os números de vendas refletem este crescimento. Segundo dados da Jato Dynamics, só no mês de junho foram matriculados 15.565 veículos da BYD na Europa. Este valor eleva o total do primeiro semestre de 2025 para 70.500 unidades vendidas no mercado europeu. Na China, o seu mercado doméstico, as vendas acumuladas este ano já ultrapassam a impressionante marca de 1,5 milhões de veículos.
Portugal rendido ao gigante chinês
Em Portugal, o fenómeno da BYD é ainda mais notável. De acordo com os dados da ACAP (Associação Automóvel de Portugal), nos primeiros seis meses do ano, a marca chinesa registou 2.818 automóveis. Este número representa um crescimento explosivo de 194,5% em comparação com o período homólogo.
Este volume de vendas coloca a BYD diretamente no Top 20 das marcas mais vendidas em território nacional, posicionando-se entre gigantes estabelecidos como a Audi, que vendeu 2.511 unidades, e a Skoda, com 2.933 unidades registadas no mesmo período.











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