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Reino Unido Big Ben

O governo do Reino Unido revelou um plano ambicioso para testar a utilização de agentes de Inteligência Artificial (IA) em serviços governamentais. A iniciativa pretende que estes sistemas de IA possam tratar do que muitos consideram "tarefas administrativas aborrecidas" em nome dos cidadãos, como preencher formulários, completar candidaturas e marcar compromissos, com o objetivo de poupar tempo e modernizar a máquina do Estado.

Numa fase inicial, os testes focar-se-ão em serviços relacionados com o emprego e competências. No entanto, existe a possibilidade de alargar o projeto a outros momentos importantes da vida dos cidadãos, como a mudança de casa, até ao final de 2027.

Esta medida faz parte do "Plano de Ação de Oportunidades de IA" do governo britânico, que visa integrar a IA de forma massiva em toda a administração pública para reduzir custos e aumentar a produtividade.

Como vão funcionar estes "ajudantes" de IA?

Ao contrário dos chatbots tradicionais, a ideia do governo é desenvolver uma IA "agente", capaz de executar tarefas complexas de forma autónoma a partir de um simples pedido do utilizador. Segundo o anúncio do governo do Reino Unido, esta tecnologia poderá, por exemplo:

  • Fornecer orientação profissional e encontrar programas de aprendizagem.

  • Atualizar automaticamente informações pessoais em diferentes serviços governamentais após uma mudança de residência.

  • Reservar voos ou encontrar as melhores ofertas comerciais.

  • Interagir simultaneamente com dezenas de agências governamentais em nome do cidadão.

O governo sublinha que a utilização desta tecnologia será totalmente opcional para o público e que o seu desenvolvimento seguirá uma abordagem de "testar e aprender", avançando apenas se se provar segura e fiável.

Um plano ambicioso, mas com cautela

Para garantir que tudo funciona como previsto, o projeto será construído em "etapas pequenas e iterativas" e será "rigorosamente testado" quanto à sua fiabilidade e precisão. Qualquer produto resultante desta iniciativa será propriedade do governo.

A abordagem segue um modelo de "Analisar, Pilotar, Escalar" ("Scan, Pilot, Scale"). A fase de "Analisar", que incluiu pesquisa junto dos utilizadores e prototipagem inicial, já foi concluída. O projeto avança agora para a fase de "Pilotar" com o lançamento do primeiro Concurso Nacional de IA, convidando laboratórios de IA a partilharem a sua experiência.

Uma equipa híbrida, composta por especialistas do setor privado e do governo, ficará responsável por construir um protótipo num prazo de seis a doze meses. O objetivo final, caso a tecnologia se mostre eficaz, é que o Reino Unido se torne o primeiro país do mundo a utilizar agentes de IA em larga escala.

Parte de uma estratégia maior

Este projeto é uma das várias iniciativas "Exemplares de IA" anunciadas pelo primeiro-ministro, Sir Keir Starmer. Estes projetos visam demonstrar como a IA pode transformar os serviços públicos, facilitar a vida das pessoas e poupar dinheiro.

Outro dos exemplos já anunciados é a ferramenta "Extract", desenhada para converter documentos de planeamento e mapas manuscritos em dados digitais. Estima-se que esta ferramenta possa poupar cerca de 250.000 horas de verificação manual por ano aos funcionários públicos. O governo planeia anunciar mais projetos "Exemplares de IA" nos próximos tempos.




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