Mais de um ano depois de quatro dos principais executivos do antigo Twitter terem processado Elon Musk por uma verba a rondar os 128 milhões de dólares (cerca de 121 milhões de euros) em indemnizações não pagas, as duas partes chegaram a um acordo para resolver o litígio. O valor final não foi divulgado.
A resolução do processo está, no entanto, dependente do cumprimento de "certas condições" a curto prazo por parte de Musk, segundo um novo documento entregue no Tribunal da Califórnia. Este acordo suspende os prazos judiciais existentes para permitir que o dono do X (anteriormente Twitter) cumpra as suas obrigações.
Uma demissão calculada para poupar milhões
O processo foi iniciado em 2024 pelo antigo CEO do Twitter, Parag Agrawal, juntamente com o CFO Ned Segal, a diretora jurídica Vijaya Gadde e o conselheiro geral Sean Edgett. A justificação para a ação judicial ficou clara na biografia de Walter Isaacson sobre a aquisição da rede social: Musk terá acelerado o fecho do negócio de 44 mil milhões de dólares e despedido os executivos de imediato, numa tentativa de evitar o pagamento das suas indemnizações e opções de ações.
Perante a recusa, os executivos avançaram para tribunal e parecem agora estar prestes a receber parte do valor a que tinham direito. Caso Musk não cumpra as condições estipuladas no acordo, o caso será retomado a 31 de outubro.
O capítulo de uma aquisição caótica
Toda esta batalha judicial provavelmente não teria acontecido se Musk não tivesse tentado inicialmente recuar na sua proposta de aquisição do Twitter, um negócio que a empresa o forçou a concretizar através de uma longa disputa legal.
Os primeiros tempos de Musk à frente da rede social foram marcados por medidas drásticas de contenção de custos, que incluíram despedimentos em massa e a controversa decisão de deixar de pagar a renda de alguns dos escritórios da empresa. O acordo agora alcançado fecha um dos principais capítulos da saga da aquisição, faltando apenas a conclusão formal do processo.
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